O início de 2026 trará consigo uma nova realidade no orçamento dos brasileiros. Segundo publicação no Diário Oficial da União na segunda-feira (8/9), os preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha sofrerão um aumento. Isso se deve à decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) de elevar o ICMS sobre esses produtos. Essa medida nos combustíveis, ainda que planejada, promete impactar diretamente o bolso do consumidor, desencadeando uma série de consequências econômicas.Segundo informações do Metrópoles, com o aumento de R$ 0,10 na gasolina, o preço por litro passará a ser cotado em R$ 1,57. Já no caso do diesel, o acréscimo será de R$ 0,05, totalizando R$ 1,17 por litro. Para o gás de cozinha, o aumento será um pouco mais significativo, somando R$ 1,05 por botijão. A razão por trás desses reajustes é a alteração na forma de cobrança do ICMS, que deixa de ser por alíquota variável determinada por cada estado, para um valor fixo aplicado nacionalmente. Paulo Tavares, presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes no Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), destaca que este é o terceiro ano consecutivo de aumento, o que tem despertado apreensão entre os consumidores.Como o aumento do ICMS impacta sobre os combustíveis?Gasolina – Créditos: depositphotos.com / zhudifengO ICMS é um dos principais impostos cobrados sobre produtos e serviços no Brasil, e sua aplicação sobre combustíveis tem um peso significativo no custo final desses produtos. A alteração proposta pelo Confaz aumenta a carga tributária que incide sobre a gasolina de R$ 1,47 para R$ 1,57 por litro, o que consequentemente eleva de 23% para 25% a proporção de custo do imposto sobre o preço final do produto para o consumidor.Esse aumento ocorre em um momento crucial, visto que os brasileiros já enfrentam um cenário econômico desafiador com inflação e aumentos de custo em diversos setores. Dessa forma, os reajustes no ICMS podem desencadear um efeito cascata, afetando não apenas o transporte, mas também aumentando os preços de bens e serviços que dependem dos combustíveis.Como a decisão do Confaz foi motivada?Historicamente, o preço dos combustíveis no Brasil é um tema sensível e sujeito a diversas pressões econômicas e políticas. De acordo com Tavares, o grupo decide por reajustes no ICMS com base em fatores como a necessidade de arrecadação dos estados e a volatilidade dos preços internacionais do petróleo. Até 2023, cada unidade da federação definia o valor do imposto de forma independente, resultando em uma grande variação de preços entre as regiões do país.Os reajustes recentes, portanto, refletem um esforço para harmonizar essa cobrança, algo que afeta diretamente a previsibilidade econômica e a maneira como as políticas fiscais estaduais interagem com o mercado nacional de combustíveis. A centralização do valor do ICMS busca nivelar o cenário de forma que cada estado possa ser igualmente competitivo, ao mesmo tempo que mantém uma arrecadação eficiente.Como o consumidor brasileiro pode se preparar?A previsão é que, com o início do ano de 2026, o impacto do aumento seja sentido não apenas diretamente no preço da bomba, mas também em setores como transporte público, frete e logística, todos eles dependentes do custo dos combustíveis. Especialistas apontam que essas mudanças exigirão do consumidor brasileiro uma capacidade ainda maior de planejamento financeiro para lidar com as novas despesas geradas.Por outro lado, há expectativas de que, a longo prazo, essas políticas possam incentivar investimentos em energias renováveis, à medida que o mercado busca alternativas para mitigar os custos crescentes atrelados aos combustíveis fósseis. No entanto, tais medidas tendem a demandar tempo e não oferecem uma solução imediata para os desafios que virão.Planejamento financeiro: Crie um orçamento que leve em conta a possibilidade de gastos maiores com transporte. Reserve uma parte do seu salário para despesas de combustível.Adaptação de hábitos: Reduza o uso do carro. Considere opções como transporte público, caronas, bicicletas ou caminhar, especialmente para trajetos curtos.Manutenção veicular: Mantenha o seu carro em dia. Pneus calibrados, alinhamento, balanceamento e revisões regulares ajudam a otimizar o consumo de combustível.Dirigir de forma eficiente: Evite acelerações bruscas, mantenha uma velocidade constante e use o freio motor sempre que possível. Evitar o excesso de peso no porta-malas também ajuda a economizar.Pesquisa de preços: Use aplicativos para comparar os preços dos combustíveis nos postos da sua região. Mesmo pequenas diferenças podem gerar uma boa economia a longo prazo.Combustíveis alternativos: Se o seu veículo for flex, pesquise se o etanol se torna mais vantajoso em relação à gasolina, dependendo do preço em 2026. A regra de 70% (se o preço do etanol for até 70% do preço da gasolina, vale a pena abastecer com etanol) é um bom ponto de partida.Gasolina – Créditos: depositphotos.com / LuIvDaFAQ sobre preço dos combustíveisPor que o ICMS sobre os combustíveis é tão relevante? O ICMS é uma das principais fontes de arrecadação dos estados e, especificamente para combustíveis, representa uma parte significativa do custo final ao consumidor, influenciando diretamente o preço pago na bomba.Existe alguma forma de evitar o impacto desses reajustes? Alternativas incluem o uso de transportes mais eficientes, a adoção de veículos híbridos ou elétricos, e a busca por hábitos que reduzam o consumo de combustíveis.Como isso afeta os demais setores além dos combustíveis? O aumento nos combustíveis eleva os custos de transporte e logística, o que pode resultar em aumentos de preços em diversos produtos e serviços, impactando a inflação e o poder de compra dos consumidores.O post Prepare seu bolso para a subida dos combustíveis em 2026, veja mudanças apareceu primeiro em Terra Brasil Notícias.