Durante intervenção no voto da ministra Cármen Lúcia (STF) no julgamento do núcleo central da suposta trama golpista, o ministro Flávio Dino fez referência ao assassinato do influenciador da direita americana Charles Kirk, morto a tiros nos Estados Unidos na quarta-feira (10/9), e vinculou o episódio à anistia concedida a participantes da invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, argumentando que perdão nem sempre gera pacificação.“Ontem, infelizmente, houve um grave crime político. Um jovem, que é de uma posição política do lado do atual presidente dos EUA, mas pouco importa, levou um tiro. E é curioso notar porque há uma ideia, segundo a qual, anistia e perdão é igual a paz. E foi feito perdão nos EUA, e não há paz. Porque, na verdade, o que define a paz que sempre devemos buscar não é a existência do esquecimento. Às vezes a paz se obtém pelo funcionamento das instituições repressivas do Estado”, afirmou Dino. Leia também Paulo Cappelli Nikolas pede à PF reforço na segurança após ameaças e atentado nos EUA Paulo Cappelli Morre Luiz Felipe, advogado de réus do 8/1 que foi à OEA contra Moraes Paulo Cappelli Influenciador de direita morto nos EUA fez palestra para Bolsonaro Paulo Cappelli Zambelli escreve carta na prisão e revela pedido a Temer sobre Moraes Ao reassumir a Presidência, Donald Trump concedeu perdão presidencial a cerca de 1.500 pessoas acusadas de participação na invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, quando apoiadores tentaram impedir a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições de 2020. O ataque resultou na morte de cinco pessoas.Segundo a ordem executiva, ficam perdoados todos os investigados pela invasão ou por crimes relacionados ocorridos entre 6 e 20 de janeiro de 2021.