O detalhe que pode dar fôlego às ações da Casas Bahia (BHIA3) e reduzir as dívidas

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Há um ponto crucial que pode reduzir em centenas de milhões de reais o peso das despesas financeiras das Casas Bahia (BHIA3) e ainda fazer a ação, que passa por bastante volatilidade nos últimos dias, valorizar: reduzir o custo do risco sacado, segundo a Genial Investimentos.O risco sacado é uma modalidade de crédito dentro do seguro de crédito. Em resumo, a empresa alonga prazos com fornecedores via bancos, assumindo o custo dos juros – funcionando como um empréstimo caro disfarçado. O problema é que a Casas Bahia tem alta dependência desse mecanismo.De acordo com a Genial, em junho de 2025 o saldo da varejista somava R$ 2,3 bilhões com esse tipo de crédito, com custo médio próximo de 27% ao ano e um spread de 7,5 pontos percentuais acima de uma operação saudável, próxima de 130% do CDI.Leia tambémIbovespa Ao Vivo: Bolsa sobe e chega aos 144 mil pela primeira vez; bancos disparamBolsas dos EUA avançam com CPI maior que o esperado não diminuir certeza de cortes de jurosSe a companhia conseguisse normalizar os spreads do risco sacado (pagar juros mais baixos), reduzir o volume financiado caro e reconquistar limites de seguro de crédito, poderia reduzir as despesas entre R$ 114 milhões e R$ 500 milhões por ano até 2028, conforme três cenários traçados pelo banco.“Se todos os vetores caminharem na direção correta, a Casas Bahia poderia, de fato, começar a virar o jogo. Nada disso parece estar refletido no preço atual de mercado”, escreveu o analista de varejo Iago Souza, do Genial. A instituição elevou o preço-alvo da ação para R$ 4,50 (antes R$ 4,00), seguindo com a recomendação de manutenção. Ainda assim, destacou que a performance dependerá da execução operacional da companhia e de gatilhos externos. A casa mencionou também a recente conversão de R$ 1,4 bilhão de debêntures da 10ª emissão em ações ordinárias pela Mapa Capital, que deve liberar cerca de R$ 177 milhões em despesas financeiras.Leia mais: Mapa Capital assume controle da Casas Bahia com 85,5% de participaçãoReceita maior do que a inflaçãoO relatório também projeta que a receita da Casas Bahia deve avançar acima da inflação, com CAGR (Taxa de Crescimento Anual Composta)  de 5,9% entre 2025 e 2028, superando o IPCA projetado pela própria Genial para o período (média de 5,0% ao ano).Essa trajetória seria sustentada por três fatores: a retomada gradual da confiança de fornecedores e seguradoras, o crescimento da carteira de crédito – que deve encerrar 2025 em R$ 6,3 bilhões – e estímulos adicionais em 2026, como Copa do Mundo e eleições.The post O detalhe que pode dar fôlego às ações da Casas Bahia (BHIA3) e reduzir as dívidas appeared first on InfoMoney.