Presidente da CPMI quer liberação do “Careca do INSS” para depor

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O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG, na imagem em destaque), afirmou nesta sexta-feira (12/9) que pedirá ao ministro do STF André Mendonça para que ele libere Antônio Carlos Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti, para deporem ao colegiado na próxima semana. Ambos foram presos pela Polícia Federal nesta sexta.“O próximo passo é pedirmos para o ministro André Mendonça [do STF] um requerimento para que ele libere o senhor Antônio Carlos Antunes, o Careca do INSS, na próxima segunda-feira, e o senhor Camisotti na próxima quinta-feira. Eles já estavam convocados, já tinham sido intimados pela Polícia Legislativa e eu espero que o ministro mantenha a ida deles como conduzidos para que possam prestar esclarecimentos sobre como conseguiram roubar com tanta facilidade a Previdência”, disse Viana.O escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023. Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados. Leia também São Paulo Empresário preso pela PF está ligado a 3 entidades da Farra do INSS Brasil Parlamentares da CPMI comemoram prisão de “Careca do INSS” e empresário São Paulo Preso pela PF, Careca do INSS seria ouvido pela CPMI na segunda-feira São Paulo Quem é Maurício Camisotti, preso em operação contra a Farra do INSS As prisões fazem parte da nova fase da Operação Sem Desconto, batizada de Operação Cambota, que investiga fraudes em descontos de aposentados e pensionistas do INSS.Além dos dois mandados de prisão preventiva, são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, autorizados pelo Supremo Tribunal Federal, em São Paulo e no Distrito Federal.A ação apura os crimes de impedimento ou embaraço de investigação de organização criminosa, dilapidação e ocultação de patrimônio, além da possível obstrução da investigação por parte de alguns investigados.“A prisão dos dois principais envolvidos do esquema de frade do INSS é apenas um primeiro passo. Nós temos muitas outras pessoas que também têm que ser presas para que não possam fugir e, principalmente, roubar o patrimônio roubado dos aposentados. Nós da CPMI temos outros 19 dos quais pedimos prisão ao ministro, e que esperamos muito em breve também sejam alvo de operação da Polícia Federal. Essas prisões já chegam com atraso. A Polícia Federal já sabia todo o envolvimento da quadrilha, quais eram as associações, as empresas de fachada e ninguém tinha sido preso”, declarou Viana.