Magazine Luiza (MGLU3). Foto: iStockAs ações das varejistas lideram os ganhos do Ibovespa na tarde desta quarta-feira (10), após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto. Com destaque para os papéis do Magazine Luiza (MGLU3) e da C&A (CEAB3), o movimento ocorre em um pregão marcado pelo avanço do setor de consumo e pela expectativa de cortes na taxa básica de juros.Por volta das 16h, os papéis do Magazine Luiza (MGLU3) subiam 4,82%, negociados a R$ 9,35, liderando o indicador. Logo atrás, as ações da C&A (CEAB3) avançavam 4,26%, a R$ 17,38, como a segunda maior alta do índice.Além das varejistas, as instituições financeiras também estão operando em alta nesta tarde, com Banco do Brasil (BBAS3) impulsionando o segmento. O alívio na curva de juros, após a leitura do IPCA, favoreceu a valorização desses papéis.IPCA recua, mas vem acima do esperadoO IPCA registrou deflação de 0,11% em agosto, reforçando as projeções de cortes na taxa Selic a partir de 2026. Segundo o Bank of America, há chance de o Banco Central iniciar a redução já em dezembro deste ano, levando os juros para 11,25% até 2026.Apesar disso, a queda veio menor do que o esperado pelo mercado. De acordo com o Goldman Sachs, a inflação segue pressionada, especialmente nos serviços, que mantêm alta superior a 6% nas principais métricas.“As pressões inflacionárias continuam disseminadas/generalizadas, particularmente entre os serviços, onde o impulso está acima de 6% para os principais indicadores relevantes (serviços intensivos em mão de obra, sensíveis à folga e iniciais). A inflação de bens/trocáveis permanece elevada, mas a valorização do real deve limitar as pressões sobre este componente”, destaca a instituição financeira. Para os analistas, a dinâmica inflacionária ainda preocupa, em meio a expectativas desancoradas no curto e médio prazos, sustentadas por estímulos fiscais e mercado de trabalho aquecido.No cenário corporativo, a leitura do índice trouxe alívio para as companhias do varejo, impulsionando principalmente os papéis do Magazine Luiza (MGLU3) e outras empresas do segmento, que se beneficiam da expectativa de maior poder de compra por parte da população.