Dólar cai a R$ 5,40, com mercado atento ao julgamento de Bolsonaro e inflação

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O dólar contra o real fechou em queda de 0,54%, a R$ 5,4069, com os investidores atentos à retomada do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF por tentativa de golpe de Estado e a inflação no Brasil e nos Estados Unidos. Por volta das 17h, o DXY subia 0,03%.No início da sessão o Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA, o índice oficial de preços, registrou queda de 0,11% em agosto, após a alta de 0,26% em julho. No acumulado de 12 meses até agosto, o IPCA teve alta de 5,13%. Economistas ouvidos pela Reuters projetavam queda de 0,15% no mês e elevação acumulada de 5,09% em 12 meses.Parte das atenções dos agentes está direcionada à Brasília, onde a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal retomou o julgamento de Bolsonaro.Assim como em sessões anteriores, o mercado não teme o resultado do processo em si, mas sim novas retaliações dos Estados Unidos contra o Brasil. No fim de julho, o presidente norte-americano, Donald Trump, definiu uma tarifa de 50% para uma série de produtos brasileiros, usando como justificativa, entre outros motivos, o julgamento de Bolsonaro.Preços nos EUANos EUA, os preços ao produtor caíram inesperadamente em agosto, puxados para baixo por um declínio nos custos de serviços.O índice de preços ao produtor para a demanda final caiu 0,1%, depois de um salto revisado para baixo de 0,7% em julho, informou o Departamento do Trabalho nesta quarta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam que o PPI avançaria 0,3%, depois de um aumento de 0,9% relatado anteriormente em julho.Os preços dos serviços caíram 0,2%, após uma alta de 0,7% em julho. Os preços de mercadorias subiram 0,1%, depois de terem aumentado 0,6% no mês anterior. No período de 12 meses até agosto, o PPI aumentou 2,6%, depois de ter subido 3,1% em julho.Os economistas esperam que as pressões sobre os preços decorrentes das tarifas elevem a inflação ao consumidor em agosto.A expectativa é que o Federal Reserve corte as taxas de juros na próxima quarta-feira, com uma redução de um 0,25 ponto percentual totalmente precificada, depois de ter interrompido seu ciclo de flexibilização em janeiro devido à incerteza sobre o impacto das tarifas abrangentes do presidente Donald Trump. A previsão de corte é impulsionado principalmente pela fraqueza do mercado de trabalho, que levantou preocupações de que a economia estava estagnada.*Com informações da Reuters