Nesta quarta-feira (10), Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, o Departamento de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde realizou uma panfletagem com informações sobre a valorização da vida e prevenção ao suicídio no portal de entrada da cidade. A ação abriu as atividades do Setembro Amarelo, que pela primeira vez acontecem em São Francisco de Itabapoana. Enfermeiras distribuíram folhetos informativos à população. Estiveram presentes o secretário municipal de Saúde, Fauazi Cherene, a subsecretária, Caroline Rodrigues, e o coordenador da Atenção Básica, Claudiomar de Souza Alves.A vendedora Laura Maria Boia dos Santos, de 52 anos, ressaltou a importância da ação. “Eu perdi minha filha aos 22 anos. Ela não queria mais viver e acabou tirando a própria vida. Acho que só queria atenção. Eu fiz tudo que podia, mas não foi o suficiente. Às vezes, as pessoas só precisam de um abraço, e a gente nem consegue perceber”, comentou.De acordo com o psicólogo Renato Chagas, coordenador de Saúde Mental do município, a ação teve como principal objetivo ampliar a consciência de valorização à vida e prevenção ao suicídio. “É de extrema importância que as pessoas saibam que existe um caminho, que existe uma rede de apoio e que o município tem as ferramentas necessárias para que essa ajuda seja efetiva. Vidas podem ser salvas”.Durante todo o mês de setembro, serão realizadas diversas ações de mobilização de prevenção ao suicídio, como rodas de conversa nas escolas. No dia 26, vai acontecer uma palestra na Câmara Municipal, com a presença de psicólogos, líderes religiosos, representantes do Poder Executivo, sociedade civil e representantes da comunidade LGBTQIAP+, entre outros.Superação – A empregada doméstica Leidiane da Silva Leonídio, de 44 anos, que trata uma depressão, também esteve no local. “É importante que as pessoas se conscientizem de que a vida é boa e precisa ser vivida. Os problemas acontecem e, às vezes, ao mesmo tempo. Nessa hora, a gente tem que saber pedir ajuda, que é fundamental nesses casos. Ter uma rede de apoio, com médicos, psicólogos e a família, é muito importante. Eu consegui superar a pior fase, mas sigo em tratamento. Saúde mental é vida”, ressaltou.