Cemig (CMIG4): Depois da bonança, como serão os dividendos?

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A Cemig (CMIG4) distribuiu uma bolada de dividendos nos últimos anos. Em 2024, foram pagos R$ 1,92 por ação, alta de 113% em relação a 2023, o que representou um retorno de 13%.Apesar disso, a Genial Investimentos avalia o papel com ceticismo do ponto de vista de remuneração ao acionista em 2025.Segundo os analistas, mesmo com o endividamento sob controle, a companhia mantém postura moderada quanto ao pagamento de dividendos ou eventuais aquisições e deve continuar com a política de distribuir apenas 50% do lucro líquido.LEIA TAMBÉM: Tenha acesso às recomendações mais valorizadas do mercado sem pagar nada; veja como receber os relatórios semanais do BTG Pactual com o Money TimesO motivo é o foco crescente em investimentos.Entre 2026 e 2027, R$ 1,1 bilhão devem ser destinados a reforços e melhorias da rede.Além disso, a empresa prevê um plano relevante de aportes, entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões, no mesmo período.O crescimento dos resultados deve vir principalmente dos negócios regulados, como distribuição e gás — áreas em que os investimentos só são reconhecidos a cada quatro anos.“Mais uma vez, a gestão foi vocal quanto ao agressivo plano de investimentos que será tocado pela empresa e que, tudo mais constante, deve levar a relação dívida líquida/Ebitda para 2,5x até 2027”, calculam os analistas.Cemig: vale a compra?A Genial mantém recomendação neutra para a ação.Segundo a corretora, nos níveis atuais de preço, a companhia negocia com uma TIR (taxa interna de retorno) implícita de 9% e um múltiplo EV/Ebitda (valor da firma sobre resultado operacional) de 5,8x.Interessante, é verdade, mas a corretora destaca que há ações melhores.‘Seguimos com a nossa preferência em Eletrobras (ELET3), por julgarmos um case mais barato, já privatizado e com diferenciais competitivos muito claros’, afirmam os analistas.Pontos de atençãoA corretora lista ainda três fatores de preocupação:a empresa segue com concessões curtas no segmento de geração;caso o governador Romeu Zema não consiga eleger seu sucessor, a gestão da Cemig pode ser radicalmente alterada, a depender da plataforma política que assumir;a federalização da companhia é pouco provável, mas não pode ser totalmente descartada.