O cinema brasileiro fez história neste ano. “Ainda Estou Aqui“, de Walter Salles, conquistou o mundo ao ser eleito como Melhor Filme Internacional do Oscar. Esta foi a primeira vez que uma produção totalmente brasileira conquistou uma estatueta.Agora, chegou a hora de escolher qual será o representante brasileiro na próxima premiação. Nesta segunda-feira (15), a Academia Brasileira de Cinema vai decidir qual longa vai ser indicado para a cerimônia de 2026.“Ainda Estou Aqui” trouxe a estatueta de melhor filme internacional para o Brasil (Imagem: divulgação/Sony Pictures)Filme escolhido ainda precisará ser analisado por HollywoodNo total, seis filmes buscam a indicação para a próxima edição do Oscar. Dois deles se destacam pelo viés político, abordando períodos de repressão e resistência. Lembrando que a produção selecionada ainda precisará ser submetida à análise de comissões da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.Somente após esse trabalho é que serão indicados os finalistas, o que está previsto para acontecer em 22 de janeiro do ano que vem.Isso quer dizer que a participação brasileira no evento não é uma certeza.A cerimônia da 98ª edição do Oscar está marcada para o dia 15 de março de 2026.Leia maisYouTube entra na briga para transmitir o OscarOscar terá uma nova categoria a partir de 2027Oscar: filme brasileiro motivou mudança de regra na premiaçãoFilme “O Agente Secreto”, com Wagner Moura é um dos indicados (Imagem: divulgação/Victor Jucá)Os filmes brasileiros que estão na disputaUm dos mais cotados para representar o Brasil na cerimônia do ano que vem é “O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho. A obra foi aclamada no Festival de Cannes em 2025, onde conquistou os prêmios de Melhor Filme da Crítica e Melhor Ator para Wagner Moura. Ambientado em 1977, durante a ditadura militar, o longa acompanha Marcelo, um professor de tecnologia que tenta recomeçar a vida em Recife, mas acaba mergulhado em um universo de espionagem e paranoia.Outro forte candidato é “O Último Azul”, vencedor do Prêmio da Crítica em Berlim este ano. O longa propõe uma alegoria distópica sobre regimes autoritários, sem situar a narrativa em uma época específica. Na trama, idosos são condenados ao isolamento, enquanto a história revela um ambiente de opressão e resistência.Histórias de denúncia social também disputam a indicação brasileira. A diretora Mariana Brennand concorre com “Manas”, inspirado nos casos de exploração sexual infantil na Ilha do Marajó, no Pará. Exibido também em Cannes, o filme foi premiado por sua relevância social. Ele acompanha Tielle (Jamilli Corrêa), uma menina de 13 anos que vive com a família em uma palafita, enfrentando pobreza e vulnerabilidade.Cena do filme “O Último Azul”, que também está na disputa (Imagem: divulgação/Vitrine Filmes)Do Rio de Janeiro vem “Kasa Branca”, de Luciano Vidigal, que já coleciona prêmios em festivais nacionais. Inspirado em histórias reais, retrata a vida na Chatuba, em Mesquita, na Baixada Fluminense. O longa acompanha três adolescentes: Dé, Adrianim e Martins e a relação afetiva de Dé com sua avó Dona Almerinda (Teca Pereira), que enfrenta o mal de Alzheimer.Outro concorrente é “Baby”, de Marcelo Caetano, ambientado em São Paulo. O filme, exibido em uma mostra paralela em 2024, rendeu a Ricardo Teodoro o prêmio de Melhor Ator. A trama aborda juventude, masculinidade e crítica social em cenários urbanos.Fechando a lista está “Oeste Outra Vez”, de Érico Rassi, um faroeste sertanejo ambientado no interior de Goiás. O longa retrata homens rudes e frágeis em conflito, com rivalidades violentas que remetem à tradição dos filmes do gênero, mas com sotaque e identidade brasileiros. As informações são da Agência Brasil.O post Seis filmes brasileiros disputam indicação para o Oscar de 2026 apareceu primeiro em Olhar Digital.