Seguindo a nova onda do mercado, os clubes do futebol brasileiro têm investido em tecnologia para estreitar a relação com seus torcedores.Em entrevista ao CNN Esportes S/A deste domingo (14), Gustavo Verginelli, COO da Sportheca, contou que times como Corinthians, Flamengo e São Paulo já sabem como usar os dados e a tecnologia para aumentar o lucro e o engajamento. Leia Mais Corinthians e Cruzeiro farão semi de defesas "intactas" na Copa do Brasil Flamengo convoca reunião para debater construção de estádio Saiba quanto o São Paulo arrecadou com negociações da base em 2025 As ações vão desde plataformas de contato diário até uso de inteligência artificial para ampliar oportunidades de consumo.Corinthians, Flamengo e São Paulo: a gente trabalha bastante a parte de fan engagement. A plataforma de contato direto e diário com os torcedores. (…) Você investe seu tempo, investe seu conhecimento, investe sua opinião; você se relaciona com a plataforma, porque tudo isso vai gerando informação.Gustavo Verginelli, COO da SporthecaNo caso do Corinthians, por exemplo, o COO explicou que a lógica passa pela gamificação.O torcedor acumula moedas ao interagir no aplicativo, que podem ser trocadas por experiências exclusivas, como a entrada de crianças em campo com os atletas.Esses dados permitem segmentar públicos e atrair patrocinadores com ofertas direcionadas.“Quanto mais informação você tem do torcedor, mais a marca se sente confiante para fazer. Antes dessas plataformas, os clubes tinham pouquíssima informação”, contou Verginelli.Protagonismo do torcedorSegundo o COO, a relação entre marcas e torcedores deve ser complementar.“A lógica das marcas com o torcedor, na plataforma oficial do clube, é a mesma. Você tem que compor. Você não é protagonista ali. O protagonista é o clube e o torcedor. Então, você não pode estar na frente da TV na hora do pênalti, mas você tem que estar ao redor, oferecendo informações”, explicou.Presidente da Sou do Esporte quer setor visto de forma estratégica | CNN ESPORTES S/APara o ele, o papel das empresas é sempre de suporte.A marca, ela não pode nunca limitar nenhuma forma de consumo do fã com o seu clube. Ela, na verdade, tem que potencializar, ampliar e sempre de forma coadjuvante. Nunca protagonista. O protagonismo é do clube e do torcedor. Então, se eu ofereço conveniência, se eu ofereço desconto, se eu ofereço uma informação extra que você não tinha, se eu amplio a experiência, legal. Mas eu não posso estar na frente de algo que você quer fazer.Gustavo Verginelli, COO da SporthecaDe olho na IAGustavo também contou que a inteligência artificial já tem impacto direto no futebol, tanto na análise de desempenho quanto no relacionamento com fãs.De acordo com o COO, o recurso já auxilia na identificação de talentos e no cruzamento de dados de consumo.“Hoje a gente já usa agentes de conversação duelando com a nossa equipe de BI, exatamente para potencializar”, relatou.O efeito, diz ele, é perceptível.Tudo que envolve paixão vai ter um lugar especial dentro da vida das pessoas, porque paixão artificial é sem graça. Então, eu acho que isso, na verdade, vem para somar e para impulsionar ainda mais. (…) Isso volta para o clube como mais engajamento, mais oportunidade de receita, e mais conhecimento.Gustavo Verginelli, COO da SporthecaCNN Esportes S/ACom Gustavo Verginelli, COO da Sportheca, o CNN Esportes S/A chega à 108ª edição. Apresentado por João Vitor Xavier, o programa aborda os bastidores de um mercado que movimenta bilhões e é um dos mais lucrativos do mundo: o esporte.Em pauta, os assuntos mais quentes da indústria do mundo da bola, na perspectiva de economia e negócios.Supercomputadores erram feio nas previsões do Mundial de Clubes