Uma discussão antiga é sobre as dificuldades estruturais, burocráticas, econômicas e logísticas que prejudicam o ambiente de negócios no país. Ao “preço pago” por esses entraves, atribui-se o termo “Custo Brasil”.Em um levantamento inédito da CNI (Confederação Nacional da Indústria), a entidade constatou que 70% dos empresários veem a elevada carga tributária do país como a maior “vilã” do Custo Brasil.A maioria dos empresários industriais (77%) acredita que o Custo Brasil aumenta os preços finais pagos pelos consumidores.Na sequência, aparecem problemas como:Dificuldade em contratar mão de obra qualificada: 62%;Financiamento para negócios: 27%;Segurança jurídica e regulatória: 24%Competitividade justa: 22%;Acesso a insumos básicos: 20%;Inovação: 14%;Infraestrutura: 12%;Acesso a serviços públicos: 10%;Integração internacional: 4%;Abrir um negócio: 3%;Retomar ou encerrar o negócio: 3%A CNI lança nesta segunda-feira (15) uma campanha para mostrar o impacto do Custo Brasil na rotina dos brasileiros e possíveis caminhos para superar os problemas de ineficiência.“Todos os anos, jogamos fora mais de 20% do PIB brasileiro por não resolvermos dificuldades estruturais, como tributos, financiamento, qualificação de pessoas e infraestrutura. Esse é preço do Custo Brasil. O valor equivale aos gastos de toda a máquina estatal com servidores públicos neste ano”, avalia o presidente da CNI, Ricardo Alban.“Diante de um cenário externo cada vez mais desafiador e instável, precisamos avançar internamente e encontrar saídas para melhorar nosso ambiente de negócios. Qual país pode se dar ao luxo de desperdiçar tanto dinheiro?”