Mais de 1.800 atores, artistas e produtores, incluindo algumas estrelas de Hollywood, assinaram um compromisso divulgado na segunda-feira (8) de não trabalhar com instituições cinematográficas israelenses que eles consideram cúmplices do abuso promovido por Israel contra palestinos.Algumas empresas têm enfrentado pedidos de boicote e protestos por seus laços com o governo israelense, à medida que se intensifica a crise humanitária em Gaza devido ao ataque militar de Israel, e as imagens de palestinos famintos, inclusive crianças, provocam indignação global.“Inspirados pelos cineastas unidos contra o apartheid, que se recusaram a exibir seus filmes na África do Sul do apartheid, nós nos comprometemos a não exibir filmes, não aparecer nem trabalhar com instituições cinematográficas israelenses — incluindo festivais, cinemas, emissoras e empresas de produção — que estejam implicadas no genocídio e no apartheid contra o povo palestino”, diz o documento. Filme sobre morte em Gaza quebra recorde de aplausos em Veneza Gal Gadot diz que questão política levou "Branca de Neve" ao fracasso Durante première, Javier Bardem explica detalhe em roupa: "Genocídio em 4K" O compromisso afirma não estar pedindo a ninguém que pare de trabalhar com indivíduos israelenses, mas, em vez disso, “o apelo é para que os trabalhadores do cinema se recusem a trabalhar com instituições israelenses que são cúmplices das violações dos direitos humanos de Israel”.As instituições cinematográficas israelenses se envolveram em “encobrir ou justificar” os abusos contra os palestinos, diz o texto.O documento menciona a posição da Corte Internacional de Justiça do ano passado, segundo a qual a ocupação dos territórios palestinos por Israel é ilegal, e avaliações de especialistas em direitos humanos e acadêmicos de que o ataque militar de Israel a Gaza equivale a genocídio.Entre os signatários estão os atores Olivia Colman, Emma Stone, Mark Ruffalo, Tilda Swinton, Riz Ahmed, Javier Bardem e Cynthia Nixon, entre outros.O governo de Israel já rejeitou anteriormente os pedidos de boicote contra instituições israelenses, considerando-os discriminatórios. Israel alega que suas ações em Gaza figuram como “autodefesa” após o ataque de outubro de 2023 de militantes palestinos do Hamas, no qual 1.200 pessoas foram mortas e mais de 250 foram feitas reféns, segundo registros israelenses.O ataque subsequente de Israel, aliado dos Estados Unidos, contra Gaza matou dezenas de milhares de pessoas, deslocou internamente toda a população do enclave e desencadeou uma crise de fome.Na semana passada, “The Voice of Hind Rajab”, um filme sobre uma menina palestina de cinco anos morta pelas forças israelenses em Gaza no ano passado, foi aplaudido de pé no Festival de Cinema de Veneza. Brad Pitt e Joaquin Phoenix estavam entre os produtores-executivos do filme.Filme é banido do Líbano e do Kuwait por ligação de Gal Gadot com exército israelense