Arqueólogos encontram mel de 3.000 anos em tumbas egípcias (e sim, ainda está comestível)

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O mel encontrado em tumbas egípcias manteve suas propriedades após 3.000 anos.Pesquisadores analisaram as urnas que preservaram o alimento.O achado reforça o papel do mel na cultura egípcia.O mel foi um dos alimentos mais valorizados no Egito Antigo, usado tanto na alimentação quanto em rituais religiosos e práticas medicinais. Recentemente, arqueólogos confirmaram que urnas encontradas em tumbas milenares ainda contêm mel em perfeito estado de conservação, datado de aproximadamente 3.000 anos atrás.O achado, considerado raro, só foi possível devido às condições específicas de preservação. O alimento estava guardado em recipientes de barro selados, protegidos da luz e da umidade, fatores que contribuíram para manter suas características originais. A descoberta amplia a compreensão sobre os hábitos funerários e o valor simbólico atribuído ao mel naquela civilização.Como o mel resistiu ao tempoA durabilidade do mel está diretamente ligada à sua composição química. Com baixa atividade de água e pH ácido, o alimento cria um ambiente hostil para bactérias e fungos. Além disso, a presença natural de peróxido de hidrogênio reforça suas propriedades antimicrobianas.Essas características já eram conhecidas empiricamente pelos egípcios, que o utilizavam não apenas como alimento, mas também como agente de conservação. Nas tumbas, o mel foi depositado ao lado de outros itens considerados essenciais para a vida após a morte, reforçando seu status de substância sagrada.Os arqueólogos responsáveis pelo estudo destacaram que o material, após análises laboratoriais, manteve a consistência e aroma característicos. Embora não esteja sendo consumido por razões científicas e éticas, sua condição demonstra a eficácia das técnicas de preservação da época.O papel do mel no Egito AntigoO mel tinha grande importância econômica e simbólica na sociedade egípcia. Registros mostram que era utilizado como forma de pagamento de impostos e tributos. Seu uso medicinal também está documentado em papiros médicos, onde aparece como ingrediente para feridas.No campo religioso, o mel era associado à imortalidade e à pureza, frequentemente oferecido aos deuses em rituais. A inclusão do alimento nas tumbas não era apenas uma prática funerária, mas também um gesto simbólico de continuidade, assegurando que o falecido tivesse acesso a esse recurso no além.Com o avanço das pesquisas arqueológicas, fica cada vez mais evidente como a relação dos egípcios com substâncias naturais como o mel estava ligada a múltiplos aspectos de sua vida cotidiana e espiritual.Descobertas semelhantes em outras culturasA preservação de alimentos em contextos arqueológicos não é exclusiva do Egito. Em escavações na China, por exemplo, já foram encontradas ânforas de vinho com milhares de anos. Na Grécia Antiga, arqueólogos localizaram restos de azeite em recipientes datados de séculos antes de Cristo.No entanto, o mel se destaca por sua capacidade única de resistir ao tempo sem perder suas propriedades básicas. Isso o torna um exemplo singular de alimento que atravessa eras sem necessidade de processos modernos de conservação.O estudo das urnas encontradas nas tumbas egípcias segue em andamento, e os resultados preliminares já ajudam a reforçar a compreensão sobre práticas de preservação, alimentação e religiosidade do Egito Antigo.O post Arqueólogos encontram mel de 3.000 anos em tumbas egípcias (e sim, ainda está comestível) apareceu primeiro em El Hombre.