A Lei de Incentivo à Reciclagem é um um divisor de águas para a economia circular no Brasil. Em um país que recicla apenas cerca de 4% dos seus resíduos sólidos urbanos, a aprovação da Lei nº 14.260/2021 é um marco regulatório com potencial transformador para o país. Pela primeira vez, empresas podem direcionar até 1% do seu Imposto de Renda devido para apoiar projetos de reciclagem, apoio a catadores e de compostagem, fortalecendo uma cadeia produtiva que historicamente operou à margem do investimento estruturado.Segundo Rodrigo Oliveira, CEO e fundador da Green Mining, mais do que uma nova política pública, essa lei representa uma oportunidade inédita de mudança de paradigma. Ela conecta o setor privado a soluções concretas para os desafios ambientais e sociais do país, ampliando o impacto positivo das organizações e contribuindo para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).Rodrigo explica que a lei permite que cooperativas, associações de catadores, ONGs e até prefeituras apresentem projetos para captação de recursos. Isso significa que a legislação abre portas para uma transformação sistêmica, viabilizando desde a criação de novos programas de coleta seletiva até a estruturação de galpões de triagem, ecopontos e educação ambiental, fundamentais para dar escala à reciclagem no Brasil.Foto: Nick Fewings | Unsplash Leia também: 1.Lei de Incentivo à Reciclagem: um divisor de águas para o Brasil circular 2.Lei de incentivo à reciclagem é regulamentada; saiba como funciona Além de incentivar a reciclagem de diferentes materiais, como o vidro, plástico, metais e papel, a nova lei beneficia também projetos de compostagem – que pode ser considerada a reciclagem de resíduos orgânicos, como restos de comida, por exemplo. Esses resíduos representam cerca de metade dos resíduos sólidos urbanos no Brasil. Com a compostagem, esse material orgânico pode ser transformado em um enriquecedor de dolos orgânico, que beneficia a agricultura sustentável e garante alimentos mais saudáveis para a população.Quando são destinados aos aterros sanitários e lixões, infelizmente ainda presentes no Brasil, os resíduos orgânicos são responsáveis pela geração de gases de efeito estufa no seu transporte e durante o seu processo de decomposição.Leiras de compostagem no pátio da Planta Feliz Adubo. Foto: DivugaçãoEntre os projetos que podem receber verbas incentivadas por meio do apoio de empresas de lucro real e de pessoas físicas está a Planta Feliz Adubo, primeiro pátio de compostagem particular licenciado do Estado de São Paulo. Localizada na zona sul de São Paulo, a empresa aprovou junto ao Ministério do Meio Ambiente o projeto “A Caminho da Compostagem: Expansão Sustentável com a Planta Feliz”. Leia também: 1.Método inovador tem meta de revolucionar compostagem urbana 2.O que é compostagem? “Apesar da enorme geração de resíduos orgânicos na capital, pouco se fala em destinação para a compostagem em São Paulo. Nosso projeto vem para ampliar a coleta seletiva, potencializar a compostagem e gerar resultados diretos para a sociedade e o meio ambiente”, explica Marina de Camargo, fundadora e CEO da empresa.Para termos uma ideia do impacto da atuação da compostagem, Marina compartilha alguns números:10 mil toneladas de resíduos transformados em adubo500 residências e 50 empresas atendidas7 mil pessoas beneficiadas7 novos empregos verdes criadosRedução de gases de efeito estufa e ampliação da vida útil de aterros sanitáriosO casal Marina e Adriano, fundadores e sócios da Planta Feliz Adubo. Foto: DivulgaçãoQuer apoiar? Empresas tributadas pelo Lucro Real podem destinar até 1% do Imposto de Renda devido e pessoas físicas também podem apoiar, destinando até 6% do imposto devido – sem nenhum custo adicional, já que a dedução fiscal ocorre diretamente no IR.Apoiar projetos de impacto positivo valoriza a marca pela associação à sustentabilidade e à mitigação das mudanças climáticas, além de gerar conexão com um público ESG crítico e engajado. No caso da Planta Feliz Adubo, as empresas terão visibilidade em veículos coletores, redes sociais e materiais do projeto.Contrapartida socialParticipantes abastecem leira com resíduos orgânicos no encerramento da Semana da Compostagem, promovida pela Planta Feliz Adubo. em 2023. Foto: Daniel FotografiAlém da ampliação da compostagem, o projeto prevê a capacitação de 11 agricultores familiares do extremo sul de São Paulo para implantar a técnica em suas propriedades, fortalecendo a agroecologia e o cinturão verde da cidade.Para apoiar o projeto da Planta Feliz Adubo, entre em contato pelo email marina@plantafelizaduo.com.br ou pelo telefone (11) 96326-8425. Para mais informações sobre a empresa, acesse plantafelizadubo.com.br.The post Lei de Incentivo à Reciclagem inclui projetos de compostagem appeared first on CicloVivo.