CPMI do INSS: empresário do DF nega ser “laranja” de esquema

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O empresário do Distrito Federal Fernando Cavalcanti, ex-sócio do advogado Nelson Wilians e alvo da Polícia Federal na Operação Sem Desconto, negou ser “laranja” ou operador de qualquer esquema durante seu depoimento à CPMI do INSS, nesta segunda-feira (6/10).Cavalcanti depõe em condição de testemunha. O economista foi vice-presidente do escritório de advocacia NW e também comandou uma corretora ligada ao advogado. Nelson Wilians é investigado por ter feito movimentações financeiras suspeitas com Maurício Camisotti, apontado como um dos principais beneficiados pelo esquema de desvios em aposentadorias. Leia também Paulo Cappelli Na CPMI do INSS, ministro de Lula cita operação contra Bolsonaro Brasil CPMI do INSS: ministro diz que “nunca atuaria para proteger A, B ou C” Brasil CPMI do INSS: senadora exibe vídeo de Bolsonaro e Moro 3 vezes Brasil Com resistência a depoimentos, CPMI do INSS avalia condução coercitiva Caso reveladoO escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023. Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU). Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas pela PF na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23/4 e que culminou nas demissões do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.7 imagensFechar modal.1 de 7Empresário Fernando Cavalcanti, ex-sócio do advogado Nelson Wilians, é ouvido pela CPMI do INSS na tarde desta segunda-feira (6/10).VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto2 de 7Relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), inquire o depoente em pé, com seu logotipo exibido no telão, e é questionado por parlamentares.VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto3 de 7Empresário Fernando Cavalcanti, ex-sócio do advogado Nelson Wilians, é ouvido pela CPMI do INSS na tarde desta segunda-feira (6/10).4 de 7Empresário Fernando Cavalcanti, ex-sócio do advogado Nelson Wilians, é ouvido pela CPMI do INSS na tarde desta segunda-feira (6/10).VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto5 de 7Empresário Fernando Cavalcanti, ex-sócio do advogado Nelson Wilians, é ouvido pela CPMI do INSS na tarde desta segunda-feira (6/10).VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto6 de 7VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto7 de 7VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto Cavalcanti é administrador e CEO da empresa Valestra, voltada a serviços combinados de escritório e apoio administrativo.“Deixo registrado que nunca fui laranja, operador ou beneficiário de qualquer esquema. Minha atuação sempre foi de gestor. Os pagamentos por mim recebidos eram compatíveis com todas as funções que eu desempenhava com a minha vida empresarial”, declarou.Cavalcanti foi alvo de pedidos de busca e apreensão em sua casa, localizada no Lago Sul, birro nobre de Brasília, em 12 de setembro. Dentre os itens confiscados pela PF estão carros de alto padrão, como uma Ferrari e uma réplica do carro de Fórmula 1 usado por Ayrton Senna. Além de relógios de luxo e dinheiro em espécie.O empresário disse que todos os bens foram adquiridos pela empresa “de forma lícita” e que foram declarados à Receita. Também afirmou que a Ferrari foi financiada e que terminará de pagar as parcelas somente em 2027. O valor do veículo seria de cerca de R$ 4,5 milhões.