Reféns em Gaza devem ser libertados na segunda-feira, diz Trump após acordo

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Israel e Hamas chegaram a um acordo para a libertação de todos os reféns mantidos pelo grupo militante palestino em Gaza, marcando um avanço significativo nas negociações mediadas pelos Estados Unidos e Catar para encerrar o conflito de dois anos na região.“Tenho muito orgulho de anunciar que Israel e Hamas assinaram a primeira fase de nosso Plano de Paz”, afirmou Trump em publicação nas redes sociais nesta quarta-feira (8). “Isso significa que TODOS os reféns serão libertados muito em breve, e Israel retirará suas tropas para uma linha acordada como primeiros passos rumo a uma paz forte, durável e eterna.”Em entrevista à Fox News, Trump disse esperar que as libertações ocorram “provavelmente” na próxima segunda-feira.Israel, Hamas e Catar confirmaram posteriormente que o acordo foi fechado. O pacto prevê que o Hamas liberte cerca de 20 pessoas capturadas durante os ataques de outubro de 2023 que ainda estão vivas, além dos restos mortais de mais de duas dezenas que morreram em cativeiro. Israel libertará quase 2 mil prisioneiros palestinos, enquanto a ajuda humanitária a Gaza será retomada.Vitória diplomática para TrumpSe mantido, o acordo representa um passo importante para encerrar o conflito que eclodiu após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e mergulhou o Oriente Médio em crise. Seria uma grande vitória diplomática para Trump, que apresentou um plano de 20 pontos para acabar com o conflito na semana passada.O presidente americano sinalizou que deve viajar à região para celebrar o acordo. “Irei ao Egito, muito provavelmente”, disse Trump, acrescentando que a viagem pode ocorrer “talvez antes que os reféns sejam libertados ou logo depois”. Em entrevista posterior ao Axios, Trump revelou que também deve ir a Israel e possivelmente discursar no Knesset, o parlamento israelense.Detalhes do acordoO Hamas confirmou o acordo para “encerrar a guerra em Gaza, garantir a retirada das forças de ocupação, permitir a entrada de ajuda e facilitar uma troca de prisioneiros”, segundo comunicado em seu canal no Telegram. Em uma mudança extraordinária de tom, o grupo afirmou valorizar “os esforços do presidente dos EUA, Donald Trump”.O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu chamou o dia de “grande para Israel” e disse que convocará o governo na quinta-feira para aprovar o acordo. “Com a ajuda do Todo-Poderoso, juntos continuaremos a alcançar todos os nossos objetivos e expandir a paz com nossos vizinhos”, escreveu.O ataque inicial do Hamas resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas, enquanto mais de 66 mil palestinos foram mortos no conflito, segundo o ministério da saúde administrado pelo Hamas no território. A guerra israelense provocou fome em partes do enclave, de acordo com um órgão apoiado pela ONU, e levou outro painel da ONU a declará-la um genocídio.Desafios pela frenteEmbora o acordo seja um primeiro passo rumo ao que Trump espera ser uma paz duradoura, muitas questões permanecem sobre se o cessar-fogo pode se manter e se as partes conseguirão encontrar acordo sobre os diversos temas pendentes.“Há muitos motivos para ser cético sobre se isso não passará de sua fase inicial”, disse Yousef Munayyer, chefe do Programa Palestina/Israel no Arab Center Washington DC.O plano de Trump prevê que membros do Hamas entreguem suas armas em troca de anistia e que o grupo apoiado pelo Irã seja substituído por um governo interino de tecnocratas palestinos sob um “Conselho de Paz” que o presidente americano presidiria. O Hamas há muito tempo resiste ao desarmamento e rejeita governança estrangeira sobre Gaza.Trump afirmou que os EUA estarão envolvidos em ajudar Gaza a permanecer pacífica e se reconstruir. “Gaza será um lugar pacífico e muito mais seguro”, disse o presidente americano à Fox News, acrescentando estar “muito confiante de que haverá paz no Oriente Médio”.The post Reféns em Gaza devem ser libertados na segunda-feira, diz Trump após acordo appeared first on InfoMoney.