Tchau, Ambipar (AMBP3): B3 exclui empresa dos seus índices e não renovará certificação de ações verdes

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A Ambipar (AMBP3) será excluída dos nove índices da B3 dos quais faz parte e não terá a renovação da designação de ações verdes, afirmou a bolsa em comunicado nesta quinta-feira, em um momento de preocupações sobre a liquidez e a governança da empresa, que fizeram suas ações desabarem nos últimos dias.Atualmente, os papéis da empresa de gestão de resíduos estão nos índices Brasil Amplo, de Diversidade, de Governança Corporativa Trade, de Ações com Governança Corporativa Diferenciada, de Governança Corporativa Novo Mercado, de Sustentabilidade Empresarial, de Ações com Tag Along Diferenciado, MidLarge Cap e Utilidade Pública.CONFIRA: Veja os ativos mais recomendados por grandes bancos e descubra como diversificar sua carteira com as escolhas favoritas do mercado; acesse gratuitamenteDe acordo com o comunicado da B3, as ações deixarão de fazer parte dessas carteiras ao preço de fechamento de 15 de outubro e sua participação será redistribuída proporcionalmente aos demais ativos.A decisão, segundo a B3, baseia-se em dispositivo do manual de definições e procedimentos dos índices da B3, segundo o qual a bolsa poderá, a seu critério, excluir um ativo de índices visando preservar a continuidade, a replicabilidade, a representatividade e a integridade do índice.A bolsa também afirmou que a empresa não terá renovada a certificação de “B3 Ações Verdes”, citando que a metodologia para tal designação prevê “que, caso a companhia, seus diretores ou administradores tenham sua imagem associada a eventos ou incidentes relacionados a aspectos Ambientais, Sociais e de Governança Corporativa (ASG) que suscitem risco de imagem, a titulação pode não ser concedida ou retirada”.No final de setembro, a Ambipar obteve da Justiça do Rio de Janeiro medida cautelar que, entre outras medidas de proteção, suspendeu efeitos de cláusulas contratuais que acionariam a aceleração de dívidas do grupo, bem como a exigibilidade de obrigações sob instrumentos contratuais relevantes.A busca da Ambipar por proteção teve como gatilho uma operação de crédito da companhia com o Deutsche Bank, que demandou garantias adicionais e que consumiu montante elevado no caixa da companhia em poucos dias.No pedido, citado no despacho sobre a decisão que concedeu a tutela cautelar, a companhia citou riscos de cláusulas de vencimento cruzado (cross-default) que implicariam um rombo de R$ 10 bilhões, o que acarretaria um gravíssimo risco de insolvência imediata do grupo.Em relatório na ocasião, a agência de classificação Fitch afirmou que entendeu que a Ambipar entrou em um processo semelhante a inadimplência (default).Desde que obteve a primeira medida cautelar, ratificada após recurso do Deutsche Bank, as ações Ambipar tinham acumulado até a véspera um tombo de 93%, em meio a ruídos envolvendo o risco de uma eventual recuperação judicial da companhia. Nesta quinta-feira, por volta de 13h30, os papéis saltavam 26,47%, a R$ 0,86.