Calor extremo exige a adaptação dos ambientes de trabalho

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O impacto das mudanças climáticas na saúde e na segurança dos trabalhadores. Este foi o tema de um evento promovido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).O evento, que serve como uma preparação para as discussões da COP 30, reuniu representantes do governo, do setor produtivo, trabalhadores e especialistas. O objetivo era debater medidas concretas de enfrentamento aos riscos do calor extremo.Calor extremo afeta a saúde dos trabalhadores (Imagem: SeventyFour/Shutterstock)Mudanças climáticas colocam em risco milhões de trabalhadoresOs participantes lembraram que o aumento das temperaturas provocado pelas mudanças climáticas impacta milhões de trabalhadores e trabalhadoras no mundo todo. E que é preciso garantir a dignidade de atuação destes profissionais frente aos novos riscos impostos pela crise climática.O debate ainda destacou que o estresse térmico se configura hoje como um dos maiores desafios impostos ao mundo do trabalho. Daniel Bittencourt, pesquisador da Fundacentro e coordenador do Programa de Mudança Climática e Segurança e Saúde no Trabalho, destacou que cerca de 32,5 milhões de trabalhadores atuam a céu aberto em setores como agricultura, construção civil e pesca, sendo muitos em condições de informalidade e, por isso, mais vulneráveis. Discussões ocorreram durante evento preparatório para a COP 30 (Imagem: Poetra.RH/Shutterstock)Em meio a este cenário, os especialistas concordaram que a adaptação dos ambientes de trabalho é uma medida urgente, envolvendo o uso de tecnologias acessíveis — como o monitoramento pelo IBUTG (Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo) —, a previsão de ondas de calor, a readequação de jornadas, pausas regulares e a capacitação de trabalhadores e empregadores para identificar sinais de exaustão térmica. Leia maisMudanças climáticas podem paralisar operações no Canal do PanamáMudanças climáticas podem causar colapso nas plantas do mundo5 previsões da crise climática que os primeiros modelos acertaramCalor extremo é um dos efeitos da crise climática (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)Medidas também garantem a produtividadeProsseguindo nas discussões, Joaquim Pintado Nunes, diretor do Departamento de Saúde e Segurança no Trabalho da OIT, ressaltou a importância de incluir a exposição ao calor nas estratégias globais de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. Ele defendeu uma abordagem multissetorial, que envolva reformas legislativas, políticas públicas e suporte técnico, sempre adaptadas às especificidades de cada setor produtivo.Segundo ele, medidas preventivas simples — como reorganização de horários, pausas regulares, uso adequado de EPIs e climatização dos ambientes — são viáveis e proporcionam benefícios diretos à saúde dos trabalhadores.Ao mesmo tempo, estas ações garantem a produtividade das empresas.As informações são da Agência Gov.O post Calor extremo exige a adaptação dos ambientes de trabalho apareceu primeiro em Olhar Digital.