Laudo indica que advogado encontrado morto teve traumatismo craniano

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Um laudo preliminar aponta que o advogado Luiz Fernando Pacheco morreu devido a um traumatismo craniano, possivelmente provocado após ser derrubado por um assaltante, em Higienópolis, região central de São Paulo, na última quarta-feira (1°/10). A perícia também descarta que o advogado tenha ingerido metanol, uma das suspeitas investigadas pela polícia.“O laudo pericial indicou que a vítima fatal faleceu devido a traumatismo cranioencefálico. Também foi descartada a ingestão de metanol. Três suspeitos por envolvimento no crime estão presos e diligências prosseguem para a conclusão do inquérito policial”, informou a Secretaria da Segurança Pública (SSP).8 imagensFechar modal.1 de 8O advogado criminalista Luiz Fernando Sá e Souza PachecoReprodução/OAB2 de 8O advogado criminalista Luiz Fernando Sá e Souza PachecoReprodução/OAB3 de 8O advogado criminalista Luiz Fernando Sá e Souza PachecoReprodução/OAB4 de 8Luiz Fernando Pacheco foi agredido e roubado antes de morrerMaterial cedido ao Metrópoles5 de 8Luiz Fernando Pacheco foi agredido e roubado antes de morrerMaterial cedido ao Metrópoles6 de 8Luiz Fernando Pacheco foi agredido e roubado antes de morrerMaterial cedido ao Metrópoles7 de 8Luiz Fernando Pacheco foi agredido e roubado antes de morrerMaterial cedido ao Metrópoles8 de 8Luiz Fernando Pacheco foi agredido e roubado antes de morrerMaterial cedido ao MetrópolesNa última sexta-feira (3/10), a Polícia Civil prendeu Lucas Bras dos Santos, de 27 anos, e Ana Paula Teixeira Pinto de Jesus, de 45, que são vistos abordando o advogado na esquina das ruas Itambé e Maranhão. O casal teria convidado José Lucas Domino Alves, de 23, que também foi detido, e outro homem, identificado apenas como Willian, para roubar vítimas no centro.Vídeo completo mostra agressão e rouboImagens mostram o momento em que Pacheco é abordado. É possível ver o assaltante pegar algo do bolso do advogado, que resiste em entregar. Depois, o suspeito dá um soco na vítima, que cai no chão. A cena é acompanhada de perto pela mulher que acompanha o assaltante.Veja:Um carro passou pelo local e viu Pacheco caído no chão. O motorista desceu do veículo e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e, em seguida, a Polícia Militar (PM) para socorrê-lo. “Demoraram 40 minutos para estar no local”, disse ao Metrópoles o advogado e amigo da vítima, Ivan Filler Calmanovici.O motorista também prestou depoimento à polícia. Em interrogatório, ele afirmou que viu Pacheco convulsionando após cair e bater a cabeça no chão. Quando os policiais militares chegaram, o advogado já estava morto.Tentaram vender iPhone e RolexEm interrogatório, José e Ana Paula afirmaram que Lucas tentou vender o aparelho iPhone e o relógio Rolex subtraídos da vítima. Poucas horas após o assalto, o suspeito teria ido até o Glicério negociar a venda do telefone. Por volta das 12h do dia do crime, ele teria se dirigido a uma loja da Rolex na Avenida Paulista, onde descobriu que o item é avaliado em R$ 94 mil. Leia também São Paulo Presos por morte de advogado procuravam por vítimas no centro de SP São Paulo Quem era o advogado do Mensalão encontrado morto em Higienópolis São Paulo Vídeo completo mostra agressão e roubo contra advogado morto em SP São Paulo “Desculpe os erros, tomei metanol”, brincou advogado antes de morrer Ao ser interrogado, Lucas afirmou que a venda não foi fechada, porém não soube dizer onde estariam os pertences do advogado. De acordo com o relatório policial, a localização do celular de Pacheco batia com o local em que os suspeitos foram encontrados, um estabelecimento que fornece refeições para populações vulneráveis, próximo ao Terminal Bandeira.Quem era o advogadoO advogado criminalista Luiz Fernando Sá e Souza Pacheco começou a carreira em 1994, quando ingressou na banca de advocacia de Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva e em parte do segundo mandato.Ele se formou em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em 1996.Pacheco atuou no caso do Mensalão, defendendo o então deputado José Genoino (PT-SP).Ele também foi sócio-fundador do Prerrogativas, grupo de juristas pró-PT.Além da atuação profissional, Pacheco ocupou cargos relevantes na advocacia e na política de defesa dos direitos humanos.Presidente da Comissão de Prerrogativas da seccional paulista e vice-presidente do Conselho Deliberativo do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD).E também integrou o Conselho Nacional Antidrogas da Presidência da República.Nos últimos anos, atuava em seu próprio escritório, Luiz Fernando Pacheco Advogados, no Itaim Bibi, zona sul de São Paulo.