NY processa big techs por vício digital e acusa redes de agravar saúde mental juvenil

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A Prefeitura de Nova York abriu um processo judicial contra quatro das maiores empresas de tecnologia do mundo — Meta, Alphabet, Snap e ByteDance — acusando-as de contribuir para uma epidemia de saúde mental entre adolescentes. A ação, apresentada na quarta-feira (8) e revelada pelo Business Insider, aponta que as plataformas deliberadamente exploram vulnerabilidades psicológicas de jovens para aumentar o tempo de uso e o engajamento.Segundo o processo, as empresas teriam criado um “incômodo público”, transformando o vício digital em uma questão de saúde pública. Os algoritmos das redes sociais, afirma a prefeitura, são desenhados para manter os usuários presos às telas, mesmo que isso resulte em distúrbios de sono, evasão escolar e aumento de comportamentos de risco.Leia tambémVeja as melhores empresas para trabalhar premiadas no GPTW 2025A edição de 2025 do Great Place to Work premiou 175 empresasConheça “Sátántangó”, o único livro do vencedor do Nobel 2025 lançado no BrasilPublicado pela Companhia das Letras, o romance de estreia do autor húngaro, lançado em 1985, mistura chuva incessante, personagens à beira do colapso e a chegada de um homem misterioso que pode ser profeta, vigarista ou demônioUm dos exemplos citados é o chamado “subway surfing”, prática mortal de surfar em trens em movimento que viralizou nas redes. Desde 2023, pelo menos 16 adolescentes morreram em incidentes relacionados ao fenômeno, incluindo duas meninas de 12 e 13 anos, segundo dados da polícia nova-iorquina incluídos no processo.O Departamento Jurídico da cidade argumenta que o impacto das redes sociais vai além do comportamento individual, afetando o funcionamento de escolas públicas e hospitais que enfrentam aumento na demanda por tratamento psicológico. Por isso, o Distrito Escolar de Nova York e a Corporação de Saúde e Hospitais da cidade também se tornaram coautores da ação.As empresas processadas controlam algumas das plataformas mais populares entre jovens: a Meta (dona do Instagram e do Facebook), a Alphabet (responsável pelo YouTube e Google), a Snap (criadora do Snapchat) e a ByteDance, proprietária do TikTok, que, sob pressão do governo Trump, negocia sua venda a grupos americanos.Em nota, o Google contestou as acusações. “Esses processos não compreendem o funcionamento do YouTube. As alegações simplesmente não são verdadeiras”, disse José Castañeda, porta-voz da empresa. Ele destacou que o YouTube “é um serviço de streaming, não uma rede social”, voltado ao consumo de vídeos longos, esportes e podcasts, não a interações entre usuários.A ação de Nova York amplia o cerco jurídico contra as big techs nos EUA, num momento em que cresce o debate sobre os efeitos das redes sociais na saúde mental e na formação de jovens.The post NY processa big techs por vício digital e acusa redes de agravar saúde mental juvenil appeared first on InfoMoney.