Preço médio do GB no celular subiu de novo no Brasil

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Relatório mostra queda no consumo de dados, mas aumento no preço médio pago (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog) Resumo O preço médio do gigabyte de internet móvel no Brasil subiu para R$ 6,19 no 2º trimestre de 2025, alta de 12,34% em relação a 2024.O consumo médio de dados móveis caiu 1,25%, mas a receita média por usuário subiu para R$ 32,73.Já o preço do GB de banda larga fixa recuou 17,71%, acompanhado de um aumento de 18,36% no consumo por residência.O preço médio pago pelo gigabyte de internet no celular voltou a subir no Brasil, atingindo R$ 6,19 no segundo trimestre de 2025 — uma alta de 12,34% em comparação com o mesmo período de 2024 (R$ 5,51). Os dados são do mais recente Panorama Econômico-Financeiro de Telecomunicações, divulgado pela Anatel.Essa é a quinta vez seguida que o relatório confirma uma tendência de encarecimento no Serviço Móvel Pessoal (SMP), após um período de queda nos preços entre 2021 e 2024. No primeiro trimestre deste ano, o preço médio era de R$ 6,13. O aumento no preço do GB acompanha o aumento da receita média por usuário das operadoras, ainda que o consumo de dados pela população tenha registrado queda. O cenário é diferente quando se trata dos serviços de banda larga fixa. No mesmo trimestre, o preço médio do GB no serviço fixo caiu 17,71% e o consumo de dados por residência aumentou.Conta sobe mesmo com queda no consumoConsumo via dados móveis caiu (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)Para entender por que o GB ficou mais caro, é preciso olhar para a relação entre o que se paga e o que se usa. Segundo a Anatel, o consumo médio de dados por usuário no serviço móvel caiu 1,25% em um ano, passando de 5,63 GB para 5,56 GB entre o segundo trimestre de 2024 e o de 2025. Ao mesmo tempo em que o uso diminuiu, a arrecadação das operadoras por cliente aumentou. A receita média por usuário (ARPU) total do SMP chegou a R$ 32,73. O valor específico para o pacote de dados, que é o principal componente dos planos atuais, também subiu, alcançando um ARPU de R$ 27,75. Ou seja, os brasileiros estão, em média, consumindo menos internet móvel e pagando mais por isso. É importante notar que o cálculo de preço por GB feito pela agência considera a receita total das operadoras dividida pelo tráfego total de dados consumido pelos clientes, e não o valor dos pacotes contratados.Banda larga segue caminho opostoSe no celular o cenário é de alta, na internet residencial a realidade é outra. O preço médio do GB consumido no Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) — banda larga fixa — caiu para R$ 0,25, uma redução de quase 18% em um ano.A queda no preço acompanhou um aumento expressivo no consumo. Em média, cada domicílio com banda larga fixa consumiu 385 GB de dados no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 18,36% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita média por usuário no SCM ficou em R$ 95,61. Vale lembrar que o mercado de banda larga fixa é bem mais diversificado e há maior competitividade. Segundo o Relatório de Monitoramento da Competição, da Anatel, no segundo trimestre deste ano, 56% das operadoras de internet fixa no Brasil eram pequenas — na telefonia móvel, Claro, Vivo e Tim dominam 95%.Telefonia móvel ainda é mais rentávelClaro, TIM e Vivo são as maiores operadoras de telefonia do país (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)O relatório também reforça a impacto do serviço móvel na saúde financeira das operadoras. A Receita Operacional Líquida (ROL) do SMP alcançou R$ 23,84 bilhões no trimestre, mantendo uma curva de crescimento e representando a maior fatia do setor.Enquanto isso, a receita de SCM se manteve estável, em R$ 6,82 bilhões. Já os serviços mais antigos, como a telefonia fixa (STFC) e a TV por assinatura (SeAC), continuam em declínio, com receitas de R$ 1,77 bilhão e R$ 1,48 bilhão, respectivamente.Preço médio do GB no celular subiu de novo no Brasil