Aura (AURA33). Foto: PixabayAs ações da Aura Minerals (AURA33) podem estar supervalorizadas, segundo relatório do Itaú BBA divulgado nesta sexta-feira (10). O banco estabeleceu preço-alvo de US$ 35 para os papéis listados na Nasdaq (AUGO), considerando o fim de 2026. O valor é 4,9% inferior à cotação atual de US$ 36,81 (fechamento anterior à publicação do relatório).Apesar da diferença, o BBA manteve recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para as ações da Aura Minerals, sinalizando que continua a ver fundamentos positivos no longo prazo. O relatório foi publicado após a companhia divulgar dados de produção preliminares referentes ao terceiro trimestre de 2025.No terceiro trimestre, a Aura alcançou produção recorde trimestral, superando as estimativas do próprio BBA. “A produção foi 2% superior à nossa estimativa, principalmente devido ao desempenho melhor do que o esperado em Minosa e Apoena”, destaca o BBA. O documento também destaca que o avanço reforça o cumprimento das metas operacionais da mineradora para 2025.BBA avalia dados de produção da Aura Minerals (AURA33)A Aura reportou produção consolidada de 74.227 GEO (onças equivalentes de ouro) no terceiro trimestre de 2025, um crescimento de 16% em relação ao trimestre anterior e de 9% sobre o mesmo período de 2024, segundo dados preliminares. Em preços constantes, os aumentos foram de 17% e 15%, respectivamente.Nos nove primeiros meses de 2025, a produção somou 198.347 GEO (a preços correntes) e 203.592 GEO considerando o parâmetro da guidance, resultado 3% superior ao de 2024. “A Aura está no caminho certo para entregar sua meta anual de produção”, com 70% do guidance já atingido no período — ou 75% ao se excluir a mina de Borborema, que iniciou operação comercial em setembro”, diz o relatório do BBA. Entre as minas, Apoena e Almas apresentaram forte recuperação, com altas de 13% e 17% trimestre a trimestre, respectivamente. Já Aranzazu registrou leve queda de 3%, atribuída pelo BBA ao impacto negativo dos preços mais altos do ouro sobre a conversão para GEO.A casa também destacou que a mina de Borborema teve avanço expressivo, passando de 2,6 mil onças produzidas no segundo trimestre para 10,2 mil onças no terceiro trimestre. “Esse avanço reflete o progresso ao longo da curva de ramp-up”, informou o banco.Com os resultados, o Itaú BBA avaliou o desempenho da Aura Minerals (AURA33) como “levemente positivo”, apontando que a produção em patamar recorde e o aumento gradual de Borborema reforçam a consistência operacional da empresa.