Ibovespa acompanha tombo de Wall Street e recua aos 140 mil pontos; dólar sobe mais de 2% e fecha a R$ 5,50

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O Ibovespa (IBOV) acompanhou a escalada da aversão a risco em Wall Street com novas ameaças tarifárias do presidente norte-americano, Donald Trump, à China. O cenário fiscal doméstico também injetou cautela ao mercado.Nesta sexta-feira (10), o principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão com queda de 0,73%, aos 140.680,34 pontos. Na semana, o Ibovespa acumulou queda de 2,45%.Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5037, com alta de 2,38%. No acumulado dos últimos cinco pregões, o dólar à vista acumulou alta de 3,13% ante o real. No cenário doméstico, os investidores seguiram concentrados no cenário fiscal. Segundo uma reportagem do Estadão, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva prepara um ‘pacote de bondades’ com impacto de cerca de R$ 100 bilhões em 2026, ano eleitoral, considerando medidas do Orçamento da União e estímulo a financiamentos.Os investidores também reagiram ao anúncio da nova política de crédito imobiliário anunciado nesta sexta-feira (10). Voltado para famílias com renda acima de R$ 12 mil — que não contemplados pelo Minha Casa, Minha Vida—o novo crédito prevê o fim do direcionamento obrigatório dos depósitos da poupança para o crédito.  Altas e quedas do IbovespaEntre as companhias listadas no Ibovespa (IBOV), as ações da CSN (CSNA3) lideram as perdas.Os papéis da companhia caíram mais de 6% após a Justiça de Minas Gerais determinar que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) elimine as pendências do caso em que a CSN teve de vender ações compradas da  Usiminas (USIM5).De acordo com a decisão, o Cade deve apresentar apuração, quantificação e aplicação de multa contratual devida pela CSN. Segundo fontes a Broadcast, o cálculo da multa pode chegar a cerca de R$ 110 milhões e não é destinada à Usiminas, mas aos cofres públicos.Entre os pesos-pesados, os bancos recuaram em bloco. Petrobras (PETR4;PETR3) foi pressionada pelo desempenho do petróleo e Vale (VALE3) acompanhou a aversão a risco global de olho nas tensões entre EUA e China.Já a ponta positiva foi liderada por Engie (EGIE3), por ser uma ação considerada ‘defensiva’ em cenários de incerteza, sendo uma boa pagadora de dividendos. Minerva Foods (BEEF3) e Suzano (SUZB3) também figuraram entre as maiores altas beneficiadas pela forte valorização do dólar.VEJA TAMBÉM: Money Picks traz as principais recomendações do mercado para o mês; acesse gratuitamenteNa semana, Raízen (RAIZ4) foi a ação com pior desempenho da semana com baixa de mais de 13%, enquanto GPA (PCAR3) liderou os ganhos com avanço de quase 3% no acumulado dos últimos cinco pregões.Exterior Os índices de Wall Street terminaram a sessão em forte queda com novas declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que elevaram as preocupações dos investidores em uma escalada da guerra comercial.No início da tarde desta sexta-feira (10), o presidente dos norte-americano Donald Trump, anuniou que avalia novas tarifas sobre os produtos da China.Em uma publicação no Truth Social, o chefe da Casa Branca afirmou que o gigante asiático tem enviado cartas a países do mundo todo dizendo que planeja impor controles de exportação sobre todos os elementos de produção relacionados às terras raras.Diante disso, Trump afirmou que “será forçado” a reagir.Em reação, o índice Dow Jones perdeu mais de 730 pontos e registrou a maior queda diária desde junho. O Nasdaq fechou em baixa de mais de 3%.LEIA MAIS EM: Wall Street em forte queda: Nasdaq recua mais de 3% e VIX dispara com ameaça de Trump à ChinaNa Europa, os mercados terminaram em queda na expectativa do anúncio de um novo primeiro-ministro da França. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 1,25%, aos 564,16 pontos.Na Ásia, os índices também fecharam majoritariamente em tom negativo. Entre os principais índices asiáticos, o Nikkei, do Japão, caiu 1,01%, aos 48.088,80 pontos; e o Hang Seng, de Hong Kong, teve baixa de 1,73%, aos 26.290,32 pontos.