A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) enviou uma carta, na última quinta-feira (9), para o ministro da Justiça na Itália, Carlo Nordio, anunciando que iniciará uma greve de fome até que sua extradição seja negada. “Por ter certeza absoluta que o senhor não tomou a melhor decisão, começo hoje uma greve de fome que só o senhor pode acabar, negando a minha extradição, o que me colocará em liberdade, que é o correto”, escreveu Zambelli. Na carta, a parlamentar afirma estar sendo vítima de uma “perseguição política” e ainda indicou que a decisão do ministro o colocaria “de mãos dadas com o próprio demônio”. Leia Mais Procuradoria emite parecer contrário a soltura de Zambelli Justiça da Itália avalia novo pedido para Zambelli deixar prisão Na prisão, Zambelli escreveu livro sobre período fora do país Ver essa foto no InstagramUma publicação compartilhada por Dr. Fabio Pagnozzi (@fabiopagnozzidr)Segundo seu advogado, a deputada passou por uma audiência judicial nesta semana, na Corte de Cassação da Itália, no âmbito de um recurso movido pela defesa de Zambelli contra uma decisão da Corte de Apelação de Roma, que manteve a prisão cautelar da parlamentar enquanto o país lida com um pedido de extradição feito pelo Brasil. No entanto, a Procuradoria de Justiça da Itália emitiu, na última quarta-feira (8), o parecer contrário para que Zambelli deixe a prisão de Rebibbia, em Roma. Zambelli está presa desde o final de julho, após deixar o Brasil antes da conclusão de um processo no STF (Supremo Tribunal Federal) que terminou em sua condenação. A parlamentar foi condenada a 10 anos de prisão por invasão aos sistemas no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e inserção de documentos falsos. Devido a um acordo de extradição com o país europeu, o governo brasileiro acionou a Itália para que a parlamentar seja extraditada e cumpra pena no Brasil.Justiça italiana mantém prisão cautelar de Carla Zambelli | BASTIDORES CNN