O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, sinalizou que a Medida Provisória (MP) que trata de mudanças na tributação de operações financeiras (IOF) deverá sofrer alterações durante sua tramitação no Congresso Nacional. A proposta, que visa aumentar a arrecadação do governo, tem gerado debates entre parlamentares e o setor econômico.A MP em questão não se restringe apenas ao IOF, mas abrange uma reestruturação na taxação de diversas aplicações financeiras. A medida foi editada pelo governo para compensar a perda de receita após a derrubada de um decreto anterior sobre o mesmo imposto pelo Congresso. A nova proposta inclui a tributação de investimentos que hoje são isentos, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA).O governo já admite a possibilidade de ceder em alguns pontos para garantir a aprovação da matéria. A principal mudança esperada é a manutenção da isenção para LCI e LCA, dois importantes instrumentos de fomento para os setores imobiliário e do agronegócio.Inicialmente, o governo propôs uma taxação de 5% sobre esses investimentos. O relator da matéria na Câmara, deputado Carlos Aratini (PT), chegou a sugerir um aumento para 7,5%, mas a proposta enfrentou forte resistência. A pressão de congressistas e do mercado financeiro levou o governo a reconsiderar a medida.A MP também prevê o aumento da tributação sobre as apostas esportivas, conhecidas como “bets”, que passaria de 12% para 15%, além da criação de um novo imposto para fintechs e bancos digitais.A expectativa do governo com a aprovação da MP na íntegra era arrecadar cerca de R$ 20 bilhões em 2026, valor considerado crucial para atingir a meta de superávit fiscal de 0,25% do PIB no próximo ano. Com as prováveis modificações, especialmente a isenção das letras de crédito, a arrecadação será menor, o que pode exigir cortes de gastos no orçamento do próximo ano para equilibrar as contas públicas. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Hugo Motta, reforçou a necessidade de diálogo e de construção de um texto que atenda tanto aos objetivos fiscais do governo quanto às demandas dos setores produtivos, indicando que o Congresso está inclinado a modificar o texto original para viabilizar sua aprovação.*Com informações de Victoria Abel Leia também Vereadores de São Caetano dançam em cima de mesas do plenário ao som de música de Elvis Presley STF marca para 11 de novembro julgamento dos kids pretos envolvidos em plano de golpe