Nas últimas décadas, os videogames deixaram de ser passatempo para se tornarem um dos principais espaços de socialização entre meninos.Segundo a Pesquisa Americana de Uso do Tempo, o tempo médio que rapazes de 15 a 24 anos dedicam a jogos mais que dobrou, chegando a cerca de 10 horas semanais — o maior aumento entre todas as atividades analisadas.É o que mostra uma matéria do New York Times. Jogos online redefinem amizades e hábitos entre jovens, equilibrando pertencimento e isolamento (Imagem: DC Studio/Shutterstock)Prós e contrasEducadores e economistas apontam impactos negativos, como distração nas aulas e menor engajamento no trabalho.Mas pesquisadores lembram que os jogos também oferecem algo essencial aos jovens: pertencimento.Para muitos, ambientes virtuais são locais de amizade e conexão, especialmente para os que se sentem isolados no mundo offline.Leia mais:Jovens ficam tempo demais na internet, alerta pesquisaVideogames não são vilões: estudo revela o que leva ao vício em jogosO que o videogame faz no cérebro?Games viraram espaço de amizade, fuga e competição — mas também um ambiente difícil de abandonar – Imagem: Prostock-studio/ShutterstockO avanço dos jogos gratuitos e multiplataforma na década de 2010 intensificou o engajamento. Empresas passaram a lucrar com o tempo gasto, criando sistemas de recompensas, atualizações constantes e compras internas. O resultado foi um hábito cada vez mais imersivo — e, para alguns, viciante.Proibir não é visto como a melhor soluçãoEstudos mostram que os meninos são mais vulneráveis a esse tipo de dependência, atraídos por competição e recompensas rápidas.Ainda assim, especialistas não recomendam proibir os jogos, mas sim acompanhá-los de perto. Jogar junto, impor limites e discutir riscos como vício, assédio ou jogos de azar são medidas essenciais.O desafio, alertam pesquisadores, é que o autocontrole dos pais dificilmente vence um sistema projetado para ser irresistível.Estudo mostra que games viraram principal forma de socialização — mas também alimentam distração e vício – Imagem: SeventyFour/ShutterstockO post Meninos estão cada vez mais no videogame; devemos nos preocupar? apareceu primeiro em Olhar Digital.