A CEO da seguradora de crédito Coface na América Latina, Marcele Lemos, afirmou que a insolvência nas empresas, alimentada pelo custo mais alto no financiamento do negócio, pode seguir avançando, ainda que os juros tenham parado de subir no Brasil.Em entrevista ao Capital Insights, a executiva destaca que as condições de crédito estão muito apertadas, ao mesmo tempo em que o fluxo de caixa é ameaçado por uma inadimplência que sobe também entre os consumidores.Parceria entre o CNN Money e a Broadcast, o programa entrevista semanalmente referências do mercado financeiro para discutir o cenário econômico do Brasil e do mundo. O Capital Insights vai ao ar toda quinta, às 19h, no CNN Money. Leia Mais Fazenda espera queda do juro em breve e impulso ao mercado imobiliário Análise: Derrota do governo na Câmara foi "basta" da sociedade Congresso tirou direitos dos mais pobres, diz Haddad sobre MP do IOF A CEO da Coface falou também sobre como o tarifaço do presidente Donald Trump gerou maior interesse pela cobertura dos riscos nas operações de comércio exterior – um dos produtos oferecidos pela Coface -, e abordou o potencial do mercado de seguro de crédito.Ela observou que as empresas convivem com um entorno econômico complexo e muitas incertezas no cenário internacional.“Acho que ainda não estamos no pior momento”, comentou Marcele, ao falar sobre a escalada das recuperações judiciais nos últimos anos. Para a executiva, o risco das operações de crédito ainda não chegou ao ápice.Ainda que a inadimplência venha aumentando em todos os países, Marcele Lemos ressaltou que o mercado de seguro de crédito não alcançou o seu potencial porque as empresas muitas vezes desconhecem o produto. O seguro, pontuou, ainda é visto como um custo, ao invés de um investimento na proteção do negócio.“Não é comum o brasileiro se proteger. A primeira barreira do seguro é a cultura”, afirmou a CEO da Coface.Varejo: como empreendedores podem acompanhar tendências