O ministro Luís Roberto Barroso anunciou nesta quinta-feira (9) sua aposentadoria antecipada do STF (Supremo Tribunal Federal). Com a saída, uma das 11 cadeiras da mais alta Corte do país ficará vaga, e caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicar o novo ministro.A decisão de Barroso pesa para uma reconfiguração mais ampla do tribunal em um futuro próximo, marcado por um ciclo de aposentadorias que deverá alterar significativamente a composição do STF nos próximos cinco anos.Os ministros são obrigados a se aposentar aos 75 anos. O próximo a deixar o tribunal por idade será Luiz Fux, em 2028. Na sequência, devem se aposentar Cármen Lúcia, em 2029, e Gilmar Mendes, em 2030. Leia Mais Lula deve decidir rápido sobre substituto de Barroso, dizem fontes Pacheco é cotado para vaga do STF Barroso diz que Lula já suspeitava de sua aposentadoria Essas datas indicam que o presidente eleito em 2026 poderá nomear três novos ministros para a Corte. Caso Lula seja reeleito, ele poderá chegar ao fim do segundo mandato com seis indicações próprias no Supremo, a maioria dos integrantes do tribunal.O presidente indicou quatro dos atuais ministros: Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Agora, com a saída de Barroso, terá a oportunidade de fazer mais uma indicação e ter um quinto ministro de sua escolha na Corte.Para a vaga aberta com a saída de Barroso, o atual advogado-geral da União, Jorge Messias, é visto como um dos principais cotados. Outro nome mencionado por pessoas próximas ao presidente é o da ministra Maria Elizabeth Rocha, atual presidente do Superior Tribunal Militar (STM).Em seus três mandatos como presidente, Lula já indicou 10 ministros ao Supremo entre os que ainda estão na Corte e os que já se aposentaram.