“O Supremo nunca agrada a todos”, diz Barroso após anunciar aposentadoria

Wait 5 sec.

O ministro Luís Roberto Barroso afirmou nesta quinta-feira (9), após sua aposentadoria do STF (Supremo Tribunal Federal), que o Supremo “nunca agrada a todos”. A declaração foi feita à imprensa após o anúncio da decisão.“O Supremo está sempre desagradando alguma área”, disse Barroso. “Ou a gente agrada as feministas ou a gente agrada os evangélicos“, acrescentando que, “se tem uma forma nessa vida de não agradar é tentar agradar todo mundo”. Leia Mais Lula deve decidir rápido sobre substituto de Barroso, dizem fontes Com aposentadoria de Barroso, Lula indica mais um ministro ao STF; entenda Advogados ligados a Lula defendem indicação de Jorge Messias ao STF “Algum grau de protagonismo e de excesso de exposição pública, ele às vezes desagrada até o próprio Tribunal, e a mim. Porém esse arranjo institucional com este papel do Supremo foi o que garantiu ao país 33 anos de estabilidade institucional da vida brasileira”, complementou o ministro.Durante o discurso no plenário do Supremo, ao anunciar que deixaria o cargo, Barroso citou que estava se aposentando por motivos pessoais.O ministro, presente na Corte há 12 anos, disse que há “sacrifícios” e “ônus” da função que acabam recaindo sobre familiares, e que pretende agora se voltar à literatura, poesia, espiritualidade e carreira acadêmica.Saída de Luís Roberto Barroso do STFDias após deixar a presidência do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Luís Roberto Barroso, que estava na Corte há 12 anos, anunciou a sua aposentadoria durante a sessão plenária desta quinta-feira (9).Atualmente 67 anos, Barroso poderia ficar na Corte até os 75 anos. Agora, no terceiro mandato de Lula, um novo nome será escolhido.O candidato terá que preencher os seguintes requisitos:o candidato deve ser maior de 35 anos e ter menos de 75 anos;ter conhecimento jurídico reconhecido, o chamado notável saber jurídico;ter reputação ilibada, ou seja, ser pessoa idônea e íntegra.Não há um prazo exigido para que o presidente da República indique um ministro. Um exemplo recente é o da ex-presidente Dilma Rousseff, que levou cerca de um lavo para indicar o atual magistrado Edson Fachin para a vaga que pertencia a Joaquim Barbosa em 2015.Com a escolha de Lula, contudo, o novo possível ministro do Supremo Tribunal Federal não assumiria a cadeira automaticamente.Ele representa uma indicação, e ainda precisa passar por uma sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, responsável por aprovar ou reprovar a indicação.Após isso, caso o nome seja aprovado, ele segue para o plenário do Senado, onde precisa dos votos favoráveis de 41 dos 81 senadores para se tornar um novo ministro.