O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que o governo solicitará autorização à Justiça para destruição das bebidas alcoólicas apreendidas após casos de intoxicação por metanol.“A gente vai pedir, agora, autorização judicial para fazer a destruição dos rótulos, lavres, tampas, selos, garrafas para que a gente possa encaminhar isso para a reciclagem. A gente vai fazer eliminação de tudo que foi apreendido”, informou Tarcísio, durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (6/10). Os itens, depois, serão enviados para a reciclagem.Segundo o governador, será criado um canal de comunicação para que estabelecimentos que estejam inseguros sobre as bebidas adquiridas possam encaminhar o material para destruição segura.Veja:De acordo com o balanço apresentado por Tarcísio nesta segunda-feira, foram realizadas 17 fiscalizações pelas equipes de Vigilância Sanitária só na última semana, em parceria com as equipes municipais, Procon e a Polícia Civil. Leia também São Paulo Metanol: MPSP denuncia 20 por adulteração de bebidas na Grande SP São Paulo Mortes por metanol: etanol “batizado” é principal linha de investigação São Paulo Metanol: governo divulga lista dos 22 presos em SP. Veja quem são São Paulo Metanol: veja quais os 11 estabelecimentos com interdições em SP No total, em uma semana, foram apreendidas mais de 7 mil garrafas com suspeita de falsificação ou adulteração, além de 100 mil insumos como rótulos, tampas e lacres.O governador informou que 20 pessoas foram presas nos últimos sete dias, incluindo o principal fornecedor de insumos para falsificação de bebidas do estado.Em 2025, de janeiro até o momento, as operações recolheram 50 mil garrafas. O número de prisões chegou a 41, durante o ano, no estado de SP.O Ministério da Saúde registrou 225 casos de intoxicação por metanol no Brasil após consumo de bebida alcoólica. Em todo o país, são 16 casos confirmados e 209 em investigação. Do total, 192 são em São Paulo (14 confirmados e 178 em investigação).O estado também lidera o número de mortes, com nove casos — dois confirmados na capital e sete sob investigação. Dos óbitos ainda apurados, quatro são na cidade de São Paulo, dois em São Bernardo do Campo, e um em Cajuru, no interior paulista.