Meloni diz ter sido denunciada por cumplicidade em genocídio em Gaza

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A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, disse, nesta terça-feira (7), que ela e dois de seus ministros foram denunciados ao TPI (Tribunal Penal Internacional) por suposta cumplicidade em genocídio em conexão com a ofensiva de Israel em Gaza.Em uma entrevista à emissora de televisão estatal RAI, Meloni disse que o ministro da Defesa, Guido Crosetto, e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, foram denunciados, e “acho” que também Roberto Cingolani, executivo do grupo de defesa Leonardo.“Não acredito que haja outro caso como esse no mundo ou na história”, disse Meloni.Ela não entrou em detalhes sobre quem moveu o processo contra ela e seus ministros.A Itália assistiu a uma série de manifestações na última semana, levando centenas de milhares de pessoas às ruas para protestar contra as mortes em massa em Gaza, com muitos manifestantes também mirando em Meloni. Leia mais: Após 2 anos de guerra, palestinos preferem "morrer em nossa terra" a fugir Guerra em Gaza: Entenda impactos de dois anos do conflito Israel e Hamas se encontram no Egito para negociar fim da guerra em Gaza Seu governo de direita, que em geral apoia firmemente Israel, distanciou-se recentemente do que chama de ofensiva “desproporcional” em Gaza, mas não cortou nenhum vínculo comercial ou diplomático, nem reconheceu o Estado da Palestina.O ataque israelense a Gaza começou depois que homens armados do grupo militante palestino Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas e fizeram 251 reféns, de acordo com os registros israelenses, em um ataque ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023.A resposta de Israel matou mais de 67.000 pessoas, segundo autoridades de saúde de Gaza.Israel nega as acusações de genocídio.Meloni disse que ficou “espantada” com a acusação de cumplicidade em genocídio porque “qualquer pessoa que conheça a situação sabe que a Itália não autorizou novos, digamos, fornecimentos de armas para Israel depois de 7 de outubro”.Em resposta às suas desclarações, um porta-voz do grupo Leonardo disse que Cingolani já havia expressado a posição da empresa em uma entrevista ao jornal Corriere della Sera no mês passado, quando disse que a sugestão de que a companhia era cúmplice de genocídio era “uma armação muito séria”.Em outros comentários, Meloni disse acreditar que o presidente dos EUA, Donald Trump, havia chegado à conclusão de que a Rússia não estava interessada em um acordo de paz com a Ucrânia.Conflito em Gaza é considerado genocídio por especialistas da ONU, diz professora | LIVE CNN