Após deixar Israel, deputada do PT grava vídeo: “Foi muita truculência”

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A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), que foi retida por Israel após tentar chegar à Faixa de Gaza em uma flotilha humanitária, se pronunciou nesta terça-feira (7) após ser liberta na Jordânia. A parlamentar deve chegar ao Brasil na próxima quinta-feira (9).Em vídeo publicado nas redes sociais, Luizianne afirmou ter ficado sem comunicação após ser interceptada pelo governo israelense junto com outros brasileiros e ativistas, incluindo a sueca Greta Thumberg.Ainda no vídeo, a petista disse ter passado por muitas violações e truculências, durante os seis dias que ficou presa em um centro de detenção em Ketziot, no sul de Israel, próximo à fronteira com o Egito. Leia Mais Meloni diz ter sido denunciada por cumplicidade em genocídio em Gaza Após críticas de Renan, Lira pede que não se faça “politicagem” com o IR Lula diz que pediu que Marco Rubio negocie com o Brasil "sem preconceito" “Quero agradecer o apoio e a torcida (…) as pessoas que torceram por essa missão. E foram muitas violações, foi muita truculência, foi uma situação muito, muito difícil. Mas eu quero dizer que com toda dificuldade que a gente teve que lidar esses dias, não tem nada comparado com mais de 10 mil palestinos presos, dentre eles 400 crianças”, declarou a deputada. Veja: View this post on InstagramA post shared by Luizianne Lins (@luiziannelinspt)Veja passo a passo o que se sabe sobre a participação de Luizianne Lins no caso:A interceptação da flotilhaOs primeiros navios foram interceptados e abordados pelas forças israelenses na noite de quarta-feira (1°), horário local, a cerca de quase 130 km de Gaza, segundo a GSF (Flotilha Global Sumud), que acusou Israel de atacar agressivamente suas embarcações.A GSF informou no Telegram que uma embarcação foi “deliberadamente abalroada”, enquanto outras duas foram “alvo de canhões de água”. A agência publicou um vídeo que mostrava a embarcação Yulara sendo atingida por canhões de água, acrescentando que ninguém a bordo ficou ferido.Como a deputada chegou lá?Ela pediu licença do mandato no fim de agosto para participar do comboio, que conta também com parlamentares italianos e espanhóis.O grupo partiu de Barcelona, na Espanha, em 31 de agosto e foi reforçado por outros navios ativistas à medida que se aproximava de Gaza.Qual foi o último contato dela antes do caso?Na noite de terça-feira (30), Luizianne publicou nos stories do Instagram que as embarcações da missão humanitária haviam entrado em uma “zona de alto risco”. Ela compartilhou ainda que todos a bordo foram orientados a vestir coletes salva-vidas diante da proximidade de um navio israelense.“Embarcações não identificadas se aproximaram de vários barcos na flotilha, alguns com as luzes apagadas. Os participantes aplicaram protocolos de segurança em preparação para uma interceptação. As embarcações já deixaram a flotilha”, disse a cearense na publicação seguinte.Ela complementou: “Continuamos navegando para Gaza nos aproximando da marca de 120 milhas náuticas, perto da área onde as flotilhas anteriores foram interceptadas e/ou atacadas”.