Dois anos da guerra em Gaza: Protestos tomam as ruas de diversos países

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Manifestações pró-Palestina e pró-Israel tomaram as ruas de diversas cidades ao redor do mundo. Porém, os protestos que defendem o povo da Faixa de Gaza foram alvos de críticas, pois coincidem com o segundo aniversário dos ataques do Hamas contra Israel, que desencadearam o conflito no dia 7 de outubro de 2023.Em Londres, pelo menos duas manifestações pró-Palestina foram planejadas, incluindo uma “marcha interuniversitária” organizada por grupos estudantis. Eles afirmaram estar protestando pela “recusa de permitir que o genocídio seja normalizado, ignorado ou apagado”.Protestos universitários pró-Palestina em Londres, na Inglaterra • ReutersEm um artigo publicado pelo jornal britânico The Times, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, chamou os protestos estudantis de “antibritânicos”, escrevendo: “isso não é quem somos como país”.Na Austrália, um vídeo publicado pela emissora Australian Broadcasting Corporation mostrou um pequeno protesto pró-Palestina na cidade de Sydney.Uma das palestrantes, a advogada Ramia Abdo Sultan, disse à multidão que “7 de outubro não aconteceu do nada. É o ápice de 77 anos de disposição, cerco, desumanização e opressão”.A advogada Ramia Abdo Sultan durante seu discurso no protesto pró-palestina em Sydney, na Austrália • AUSTRALIAN BROADCASTING CORPORATIONChris Minns, o primeiro-ministro do estado de Nova Gales do Sul, chamou o protesto de “chocantemente insensível” e disse que ele foi realizado em um “timing terrível”, em uma entrevista à estação de rádio 2GB, de Sydney. Negociador-chefe do Hamas detalha exigências para reunião sobre cessar-fogo Após dois anos de guerra, Netanyahu promete "garantir eternidade de Israel" Após 2 anos de guerra, palestinos preferem "morrer em nossa terra" a fugir Um vídeo gravado pela Reuters mostrou que outro protesto ocorreu em Jacarta, na Indonésia, em frente a embaixada americana do país.Os manifestantes agitaram bandeiras palestinas e exibiram faixas com mensagens como “Ninguém é livre até que a Palestina seja livre”, enquanto a polícia mantinha uma presença vigilante ao redor da região do protesto.A Indonésia, o país de maioria muçulmana mais populoso do mundo, historicamente tem sido um forte defensor da independência da Palestina.Protestos pró-Palestina em frente a embaixada americana, em Jacarta, na Indonésia • ReutersJá no Rio de Janeiro, a ONG brasileira Rio de Paz prestou homenagem às vítimas do ataque do Hamas a Israel com uma instalação na Praia de Copacabana.A organização colocou 22 bandeiras israelenses em frente ao hotel Copacabana Palace, além de 42 retratos de israelenses que foram feitos de reféns pelo grupo armado.“O protesto busca lembrar ao mundo que o sofrimento das vítimas não tem nacionalidade — e que toda vida inocente importa”, escreveu a ONG no Instagram.Homenagem aos israelenses mortos no dia 7 de outubro de 2023 na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro  • ReutersE os israelenses pausaram suas atividades diárias com o toque das sirenes em memória aos dois anos dos ataques em vários locais do país.A iniciativa das sirenes foi realizada no local onde ocorreu o massacre do Nova Music Festival, na Praça dos Reféns em Tel Aviv, perto da residência do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em Jerusalém.No local, as famílias dos reféns montaram um acampamento de protesto.As cerimônias civis foram realizadas nesta terça-feira (7), mas o Dia da Memória oficial do Estado ocorrerá no dia 16 de outubro.Israelenses entre as fotos das vítimas mortas no local do Nova Music Festival durante a cerimônia das sirenes • ReutersCom informações da Reuters*