Ambipar (AMBP3) cai 30% e fica abaixo de R$ 1 após reunião de ex-CFO com CVM

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Ambipar (AMBP3) cai 30% e fica abaixo de R$ 1 após reunião de ex-CFO com CVMAs ações da Ambipar (AMBP3) voltam a despencar nesta segunda-feira (6), acumulando nova queda de cerca de 30% e sendo negociadas abaixo de R$ 1. Por volta das 15h50, os papéis derretiam 34,29%, cotados a R$ 0,92. No último mês, os papéis da companhia já perderam mais de 92% de seu valor de mercado.O movimento ocorre em meio ao agravamento da crise financeira da Ambipar e à repercussão de informações sobre um encontro entre o ex-diretor financeiro da empresa, João Daniel Piran de Arruda, e representantes da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).Arruda participou da reunião acompanhado dos escritórios Vieira Rezende Advogados, o mesmo que defendeu Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas (AMER3), e David Rechulski Advogados, que atuou na defesa da Braskem durante a CPI sobre o afundamento de Maceió.Por que as ações da Ambipar (AMBP3) estão despencando hoje?A derrocada dos papéis ocorre após a Ambipar prestar esclarecimentos à Justiça do Rio de Janeiro em um processo que busca manter uma decisão cautelar que impede que bancos credores adotem medidas que, segundo a empresa, poderiam inviabilizar suas operações.A companhia reafirmou confiança de que a Justiça manterá a medida até a apresentação do pedido de recuperação judicial. Segundo o comunicado, a preservação da liminar é essencial para garantir a continuidade das atividades, empregos e contratos ambientais.O Tribunal de Justiça do Rio já confirmou a manutenção da tutela cautelar contra pedido do Deutsche Bank. O relator apontou que não há risco de prejuízo às instituições financeiras e que os danos para a Ambipar seriam irreversíveis caso a medida fosse revogada.Entre os riscos citados pela empresa estão a perda de mais de 23 mil empregos diretos e indiretos, a interrupção de R$ 500 milhões em tributos anuais e o rompimento de contratos. A Ambipar (AMBP3) também destacou o potencial prejuízo para mais de 12 mil acionistas e o risco de liquidação antecipada de dívidas que somam cerca de R$ 10 bilhões.