Postos licenciados do Corinthians pertencem a investigados por lavagem e fraude

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Postos de combustíveis que operam sob a marca Corinthians estão registrados na Agência Nacional do Petróleo (ANP) em nome de alvos da Operação Carbono Oculto, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em agosto.Segundo o portal G1, os estabelecimentos pertencem aos empresários Pedro Furtado Gouveia Neto e Luiz Ernesto Monegatto, apontados como integrantes do grupo chefiado por Mohamad Hussein Mourad, acusado de chefiar um esquema de lavagem de dinheiro, fraude tributária e organização criminosa.Leia tambémNão foi detectado metanol no sangue de Hungria, segundo ministro da SaúdeApós quatro dias internado, músico recebeu alta com evolução clínica positiva e agradeceu apoio nas redes sociaisMP denuncia 20 por falsificar cerveja e pede exame para detectar presença de metanolGrupo foi flagrado trocando rótulos de marcas conhecidas em galpão na Grande São PauloA investigação, conduzida em parceria com o Ministério Público de São Paulo e a Receita Federal, estima que o grupo tenha movimentado cerca de R$ 8,4 bilhões por meio de operações fraudulentas com combustíveis e biocombustíveis. O esquema também é suspeito de ter financiado o PCC (Primeiro Comando da Capital).Segundo os registros da ANP, os três postos licenciados com a marca Corinthians estão localizados na zona leste de São Paulo e operam com bandeira branca, ou seja, sem vínculo direto com grandes distribuidoras.São eles:• Auto Posto Mega Líder Ltda — Av. Líder, 2000 (Cidade Líder)• Auto Posto Mega Líder 2 Sociedade Unipessoal Ltda — Av. São Miguel, 6337 (Vila Norma)• Auto Posto Rivelino Ltda — Av. Padre Estanislau de Campos, 151 (Conjunto Habitacional Padre Manoel da Nóbrega)Esses estabelecimentos aparecem na lista de empresas sob investigação por participação em um sistema de triangulação de notas fiscais e adulteração de etanol e gasolina para simular transações e mascarar a origem de recursos ilícitos.Posicionamento do CorinthiansEm nota enviada à imprensa, o Sport Club Corinthians Paulista afirmou que não administra diretamente os postos e que a operação se refere a contratos de licenciamento de marca, e não de gestão.“O Sport Club Corinthians Paulista informa que não é o administrador responsável pelos postos de gasolina citados pela reportagem. Trata-se de contrato de licenciamento de sua marca. O clube acompanha com máxima atenção o andamento das investigações para — se necessário — tomar as medidas jurídicas cabíveis”, declarou o clube.O modelo de licenciamento permite o uso da marca mediante pagamento de royalties, mas impõe responsabilidade solidária em casos de danos à reputação.A Operação Carbono Oculto investiga um dos maiores esquemas de sonegação fiscal do setor de combustíveis, com 251 postos sob suspeita em quatro Estados. O grupo de Mourad teria criado uma rede de empresas de fachada para burlar o pagamento de tributos e lavar dinheiro oriundo de atividades ilegais.The post Postos licenciados do Corinthians pertencem a investigados por lavagem e fraude appeared first on InfoMoney.