Petro diz que mercenários colombianos são “menosprezados” na Ucrânia

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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou nesta quarta-feira (8/10) que cidadãos colombianos que atuam como mercenários na guerra da Ucrânia estão sendo menosprezados e usados como “bucha de canhão”. O líder colombiano pediu que todos os conterrâneos envolvidos no conflito retornem imediatamente ao país.“Os colombianos são menosprezados na Ucrânia como uma raça inferior. Peço aos mercenários colombianos, trazidos por empresas sediadas em Miami e usados como bucha de canhão, que regressem imediatamente para casa”, escreveu Petro nas redes sociais.Los ucranianos tratan a los Colombianos como raza inferior. pido a los Colombianos mercenarios,, que los están manejando como carne de cañón, llevados por empresas guiadas. desde Miami, que regresen de inmediato al país pic.twitter.com/gGlDnGMMy9— Gustavo Petro (@petrogustavo) October 8, 2025As declarações ocorreram após denúncias de que 35 colombianos foram detidos na fronteira ucraniana por se recusarem a continuar cumprindo contratos de serviço militar. Segundo familiares, os homens tiveram celulares e passaportes confiscados, sendo obrigados a embarcar em um ônibus com destino desconhecido. Leia também Mundo Petro: Trump merece prisão por ser cúmplice de genocídio em Gaza Mundo Petro responde Trump após ter visto revogado: “Nenhum passo para trás” Mundo Rússia: mísseis Tomahawk na Ucrânia seriam “espiral séria de escalada” Mundo Putin: envio de Tomahawks à Ucrânia destruiria relações Rússia-EUA Segundo os familiares relataram à mídia colombiana, os contratos firmados com o Exército ucraniano tinham duração de seis meses, mas os colombianos decidiram abandoná-los após perceberem que estavam sendo usados em combate direto. Guerra na UcrâniaA guerra entre Ucrânia e Rússia já dura mais de três anos e continua em escalada. Mesmo sob sanções internacionais e diversas tentativas de mediação, o Kremlin mantém sua retórica de “repatriar” territórios e impedir a entrada de Kiev na Otan e na União Europeia.Enquanto isso, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky rejeita firmemente as exigências de Vladimir Putin.Nos últimos dias, um novo clima de tensão se instalou após Donald Trump sinalizar a possibilidade de enviar mísseis Tomahawk à Ucrânia.Em resposta, o Kremlin afirmou que a decisão poderia desencadear uma “séria espiral de escalada”, e Putin alertou que a medida representaria o “fim das relações entre Rússia e Estados Unidos”.Libertação imediataOrganizações civis e familiares enviaram uma carta às autoridades da Ucrânia solicitando a libertação imediata do grupo.6 imagensFechar modal.1 de 6Gustavo Petro é presidente da Colômbia desde 2022Vinícius Schmidt/Metrópoles2 de 6Gustavo Petro é presidente da Colômbia desde 2022Vinícius Schmidt/Metrópoles3 de 6Colombian president Gustavo Petro gives a speach during the promotion ceremony of new Generals and Admirals of the Police and Military Forces at the Jose Maria Cordova Military School in Bogota, Colombia on December 17, 2022. (Photo by: S. Barros/Long Visual Press/Universal Images Group via Getty Images)Getty Imagens / Metrópoles4 de 6"Não há cessar fogo porque a Rússia se recusa", diz Zelensky na ONUReprodução/ONU5 de 6Zelensky diz ter drones com alcance de 3 mil km para reagir à Rússia Selcuk Acar /Anadolu via Getty Images6 de 6O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou, neste sábado (23/8), que não cederá territórios ucranianos à Rússia, ao celebrar o Dia da Bandeira Nacional Reprodução/Redes sociaisSegundo a revista colombiana Semana, mais de 1 mil colombianos podem ter participado do conflito desde o início da guerra entre Ucrânia e Rússia, em 2022. Pelo menos 300 teriam sido mortos e dezenas permanecem desaparecidos.O governo colombiano tem reiterado que não apoia o envolvimento de seus cidadãos em guerras estrangeiras e que tais atividades são consideradas ilegais pela legislação do país.