Falso alvará de soltura: 12 são presos por golpe em familiares de detentos

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Uma ação conjunta dos Ministérios Públicos de Minas Gerais e do Ceará resultou na desarticulação de uma organização criminosa cujos integrantes se passavam por promotores de Justiça para cobrar falsas “fianças” a familiares de presos.A Operação Falsa Toga, foi deflagrada nesta quarta-feira (8) com treze endereços sendo alvos de busca e apreensão nas cidades de Maracanaú, Fortaleza, Chorozinho, Cascavel, Pacatuba e Boa Viagem, todas no estado nordestino. Das 16 prisões preventivas decretadas, 12 já haviam sido concretizadas logo pela manhã.Segundo as apurações, o grupo telefonava para parentes de detentos em Minas Gerais e se passava por membro do Ministério Público. Eles informavam aos parentes que havia a possibilidade de expedição de alvará de soltura para aquele detento, porém era necessário um pagamento imediato. Leia mais Golpe com gravação de voz em chamada telefônica cresce no Rio; veja alertas Bombeiros confirmam uma morte em desabamento de teto de restaurante em SP Crise climática já é sentida por 9 em cada 10 moradores da Amazônia Legal Depois de uma análise de extratos bancários, a investigação conseguiu identificar a existência de um fluxo constante de transferências entre diversas contas de um pequeno grupo de titulares, em uma tentativa de ocultarem a origem do dinheiro recebido.Segundo o MP, “as ações do grupo eram coordenadas, com constante abertura e encerramento de contas bancárias e de linhas telefônicas. Um pequeno número de aparelhos celulares se comunicavam entre si, mas operavam com diversos chips diferentes em um curto espaço de tempo, caracterizando a atuação orquestrada compatível com a dinâmica de uma organização criminosa.”As investigações apontaram ainda que alguns dos investigados apresentaram histórico de fraudes similares. As apurações, segundo o MP, continuam sob sigilo.A operação foi articulada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber), do MPMG, e contou com a participação da Polícia Militar (PMMG) e Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). No território cearense, além do MPCE, atuou ainda a Polícia Civil.