“Se acha que lamber botas ajuda, vai cair do cavalo”, diz Lula ao falar sobre Trump

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Durante o lançamento do novo modelo de crédito imobiliário nesta sexta-feira (10), em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou a retomada do diálogo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e afirmou que as divergências entre os dois países “devem ser tratadas com democracia e respeito”.“Nós governamos as maiores economias do Ocidente e não podemos passar discórdia para o resto do mundo. Se tem divergência, vamos colocar na mesa e conversar. Não tem nenhum assunto que não possa tratar comigo”, disse Lula, ao relatar o conteúdo da conversa que teve com Trump.Leia tambémGalípolo: “Lula pediu uma solução não paliativa para crédito imobiliário”Novo modelo combina annnciado recursos da poupança e de mercado para ampliar o financiamento da classe média, reduzir juros e garantir estabilidade ao sistemaPor que Trump não levou o Nobel? Comitê minimiza pressão: “Coragem e integridade”A venezuelana Maria Corina Machado foi escolhida nesta sexta-feira (10) para o Nobel da Paz, em meio a forte campanha do presidente americanoBriga com os EUALula afirmou que o encontro serviu para reestabelecer uma relação que, segundo ele, “nunca deveria ter sido truncada”, em referência à crise diplomática gerada após a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros por parte dos Estados Unidos.“Nunca o tratei com desrespeito por razões ideológicas. O Brasil não tem interesse de brigar com os EUA, e se a gente brigar, o que a gente vai fazer? Então é melhor não brigar. Sentamos numa mesa, assinamos um documento e pronto”, afirmou.O presidente ressaltou que o Brasil continuará diversificando seus mercados de exportação, especialmente na Ásia, para não depender de decisões unilaterais de Washington. “Se não fosse vender para os EUA, ia vender para a Ásia ou outros mercados. Não dá para ficar dependendo de um país ou do humor do presidente do outro país”, afirmou.“Respeito vem de autoridade moral”Em tom crítico, Lula afirmou que o Brasil deve manter uma postura soberana nas relações internacionais e condenou o que chamou de subserviência a governos estrangeiros.“Se você acha que lamber botas te ajuda, vai cair do cavalo. As pessoas te respeitam quando percebem que você tem autoridade moral e caráter”, declarou, em uma fala aplaudida pelo público presente.Ao final do discurso, Lula buscou transmitir uma mensagem de confiança sobre o futuro do país. “O Brasil está precisando de uma chance. Não podemos crescer e depois cair de novo”, disse, ao defender que a retomada do diálogo com os Estados Unidos simboliza uma nova fase de estabilidade econômica e diplomática.The post “Se acha que lamber botas ajuda, vai cair do cavalo”, diz Lula ao falar sobre Trump appeared first on InfoMoney.