A volta do La Niña: onde chove e o que o fenômeno climático representa para o Brasil?

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A Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) confirmou nesta semana que o planeta já enfrenta um La Niña, que deve perdurar até o primeiro trimestre de 2026. O La Niña é caracterizado pelo resfriamento anômalo das águas do Oceano Pacífico na faixa equatorial, o que reduz a ocorrência de ondas de calor.Desta vez, a projeção indica um La Niña de fraca intensidade, o que não deve representar um risco de estiagem severa. A notícia pode ser positiva para os gaúchos, já que um “La Niña clássico” é caracterizado por um verão com chuvas acima da média no Norte e Nordeste, enquanto o Sul do Brasil, em especial o Rio Grande do Sul, tende a enfrentar riscos de secas.Mercado aguarda novas medidas do governo para compensar rombo fiscal; Assista ao Giro do Mercado de hoje: “Os modelos de previsão de longo prazo não apontam nada muto grave relacionado à seca para o sul do Brasil. Claro que podemos ver algumas janelas de tempo mais firme, de ausência de chuva, mas não é isso que vai determinar a safra para o Sul do Brasil”, explica a meteorologista e sócia-executiva da consultoria meteorológica Nottus, Desirée Brandt.Como fica o tempo no Brasil com o La Niña?Para janeiro, conforme os modelos climáticos, a expectativa é de chuvas mais concentradas no Sudeste e Centro-Oeste, com as chuvas no Sul do Brasil mais condensadas na região da Campanha Gaúcha. “Nas áreas mais ao centro e norte do RS há uma expectativa de chuva acima da média, sem preocupações por enquanto. Agora, para o eixo Sudeste e Norte do Brasil, é preciso ficar atento para o excesso de chuvas, já que os modelos climáticos apontam isso, o que abre espaço para um risco de invernadas (chuvas e ventos)”. As invernadas podem trazer dificuldades no manejo e colheita de algumas culturas, além do risco do surgimento de doenças pelo excesso de umidade e pouca luminosidade.“Por ser um La Ninã de fraca intensidade, não é ele que vai ditar o regime de chuvas no Brasil para safra verão”, salienta.