O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), chamou de “sabotagem ao país” a decisão da maioria dos parlamentares da Câmara em retirar de pauta a medida provisória do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).O placar foi de 251 votos favoráveis a retirada de pauta a 193 contrários. A proposta perde a validade às 23h59 desta quarta-feira (8).Em entrevista coletiva após o anúncio da derrubada, Randolfe afirmou que a medida foi uma forma de “atingir o governo Lula”. Leia Mais Líder do PT chama de “molecagem” derrota envolvendo MP do IOF Gleisi diz que Caiado tem mentalidade pequena ao querer ir contra o governo Conselho de Ética arquiva processo contra Gayer por ofensa a Gleisi Além disso, em tom de crítica a Tarcísio de Freitas (Republicanos), o parlamentar declarou que a derrota da maioria não é “desesperadora”, mas sim uma escolha feita a partir de uma “ação orquestrada” envolvendo a antecipação das eleições 2026 com participação direta do governador de São Paulo.“Eles resolveram entrar na lógica de que, para tentar derrotar o governo do presidente Lula, não tem problema nenhum prejudicar o Brasil e prejudicar os brasileiros. Não me surpreende uma turma que faz manifestação com bandeira vermelha, com listinhas”, afirmou Randolfe, em crítica à oposição, que durante manifestação no 7 de setembro, estendeu uma bandeira americana como forma de protesto.Já em relação às medidas que podem ser tomadas pela equipe econômica do Ministério da Fazenda, o senador afirmou que todas as alternativas estão sobre a mesa e devem ser analisadas pela pasta. Afirmou ainda que o governo não deverá deixar de cumprir o arcabouço fiscal e as metas de superávit primário, ambas já aprovadas.Mais cedo, o senador afirmou que o governo dispõe de um “arsenal” de reação, caso a medida provisória não fosse aprovada“O que o Governo não fará é ficar sem cumprir o Arcabouço, as metas de superávit primário que foram aprovados pelo Congresso”, declarou.