O grupo criminoso liderado por um pastor, desarticulado durante uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ), nessa quarta-feira (8/10), teria arrecadado cerca de R$ 3 milhões por ano com o call center que aplicava golpes em fiéis.Agentes da 57ª Delegacia de Polícia (Nilópolis) prenderam, durante a ação, 35 pessoas envolvidas no esquema, incluindo o próprio pastor. Os policiais identificaram o estabelecimento, que usava a religião para obter vantagem das vítimas, por meio de trabalhos de inteligência e monitoramento da unidade.Segundo as investigações, o grupo criminoso entrava em contato com as vítimas e oferecia orações em troca de dinheiro. A abordagem dos funcionários era previamente definida e todos os atendentes tinham um roteiro que deveria ser lido na hora da ligação. Leia também Brasil Filho de escrivã da PC é morto a tiros durante operação da PF no Pará Fabio Serapião PF prende 55 em megaoperação contra abuso sexual infantil Mirelle Pinheiro Carbono Oculto: PF apura se metanol de operação virou veneno em bebida São Paulo SP: polícia cumpre mandados em operação contra o crime organizado De acordo com a PCERJ, o local funcionava como uma verdadeira empresa. Todos os funcionários tinham uma meta de ligações a serem feitas e de lucro a serem subtraídos.Confira as anotações feitas pelo grupo:8 imagensFechar modal.1 de 8Material cedido ao Metrópoles2 de 8Material cedido ao Metrópoles3 de 8Material cedido ao Metrópoles4 de 8Material cedido ao Metrópoles5 de 8Material cedido ao Metrópoles6 de 8Material cedido ao Metrópoles7 de 8Material cedido ao Metrópoles8 de 8Material cedido ao MetrópolesDepois de serem enganadas para aceitarem as orações, as vítimas realizavam transferências por meio de Pix ou boleto bancário, cuja destinatária era a esposa do pastor que estava envolvido no crime. Os valores eram, em média, de R$ 50.Após o pagamento, as orações eram produzidas pelos atendentes por meio de inteligência artificial e adaptadas de acordo com a necessidade relatada pelas vítimas. A investigação continua para identificar os demais administradores do esquema e beneficiários.Veja onde o call center fake funcionava: