Metade das demissões podia ser evitada — e está a custar milhões às empresas

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Quase metade dos colaboradores que se despedem de uma empresa acreditam que poderiam ter sido retidos. A estatística, longe de ser apenas um detalhe numérico, revela a profundidade de um problema que atravessa culturas organizacionais e modelos de liderança. Não se trata de um acaso do mercado de trabalho, mas de uma consequência direta das decisões tomadas dentro das empresas.A Happiness Business School disponibilizou um pequeno relatório sobre o impacto financeiro da rotatividade que já é hoje amplamente documentado. Estudos internacionais apontam que substituir um colaborador pode custar entre 33% e 150% do seu salário anual, consoante a função.Nos cargos de liderança ou executivos, esse valor pode mesmo atingir os 200% do salário, enquanto em posições técnicas a fasquia varia habitualmente entre 100% e 150%, dada a especialização exigida. Já nos cargos operacionais ou de linha da frente, os custos de substituição rondam os 40% a 50%. Não são apenas números em relatórios de gestão: cada saída traduz-se em perda de conhecimento institucional, em atraso de projetos, em queda da moral de equipas inteiras. A raiz do problema? LiderançaA raiz do problema, sustentam especialistas, está frequentemente na liderança. Mais do que salários ou benefícios, é a relação com o gestor direto que determina a permanência ou a saída de um colaborador. Quando a liderança falha, não há cultura organizacional ou plano de incentivos capaz de travar a fuga de talento.É neste contexto que surge o curso Organisational Happiness Certification, que se propõe a enfrentar o desafio da retenção com ferramentas práticas. A formação permite às empresas e equipas construir um plano estratégico de felicidade e bem-estar organizacional, ajustado à sua própria realidade, e assenta na experiência de professores, oradores convidados e líderes de diversos setores. O objetivo é que os participantes saiam com uma estrutura pronta para ser implementada de imediato.As próximas edições estão marcadas para Oeiras, em Lisboa, de 13 a 16 de outubro de 2025, em português, e de 10 a 13 de novembro do mesmo ano, em inglês.Assim, a lógica é simples e urgente: é mais barato e mais sustentável reter do que recrutar. A rotatividade não só compromete resultados financeiros, como mina a coesão interna e desestabiliza equipas. Por isso, a aposta em ambientes mais humanos, em líderes preparados e em culturas organizacionais robustas deixa de ser um luxo ou uma tendência passageira. É hoje uma exigência competitiva, uma questão de sobrevivência.O conteúdo Metade das demissões podia ser evitada — e está a custar milhões às empresas aparece primeiro em Revista Líder.