Após registrar máximas históricas nos últimos dois dias, o Bitcoin recua na manhã desta quarta-feira (8), mesmo enquanto sua contraparte física — o ouro — estende sua recente alta e ultrapassa os US$ 4.000 pela primeira vez na história. Ainda assim, analistas continuam otimistas em relação à moeda digital.O Bitcoin é negociado a US$ 122.692, uma queda de 2,7% em relação à máxima histórica de US$ 126.080 atingida na segunda, segundo o CoinGecko. Em reais, a criptomoeda é cotada a R$ 656.935, mostram os dados do Portal do Bitcoin.Leia também: Super Quarta do MB vai reembolsar clientes que tiverem prejuízo com Bitcoin em outubroApesar do recuo, analistas disseram que a moeda digital ainda tem espaço para subir — junto com o ouro — à medida que investidores buscam ativos alternativos como proteção contra uma possível recessão nos Estados Unidos e a consequente desvalorização do dólar americano.“À medida que mais investidores optam por transferir sua riqueza para ativos que preservem seu valor ao longo do tempo, prevemos que o BTC continuará se beneficiando, dado seu forte apelo como um ativo de reserva de valor sem fronteiras e imune à irresponsabilidade fiscal dos governos”, escreveu Gerry O’Shea, chefe de insights de mercado global da gestora Hashdex, em uma nota compartilhada com o Decrypt.Bitcoin vs. moedas fiduciáriasEle acrescentou que a principal criptomoeda pode ultrapassar os US$ 140 mil até o final do ano, à medida que os investidores buscam participar do chamado “trade de desvalorização” — uma referência à aquisição de ativos que podem protegê-los contra o enfraquecimento das moedas fiduciárias.As preocupações com o status do dólar — que tem servido como base da economia global desde a Segunda Guerra Mundial — aumentaram diante das políticas econômicas frequentemente caóticas da administração Donald Trump, incluindo a imposição de tarifas elevadas a parceiros comerciais estratégicos. Essas penalidades já começaram a mostrar sinais de aumento nos custos.Enquanto isso, o iene e o euro também têm sofrido com os ventos contrários da economia no Japão e nos países da União Europeia.Diante desse cenário, a estrategista de pesquisa da Pepperstone, Dilin Wu, disse ao Decrypt que o Bitcoin e o ouro ainda podem continuar subindo.“Acredito que o comércio de desvalorização está longe de terminar e pode continuar por pelo menos os próximos seis a dezoito meses (até as eleições de meio de mandato)”, afirmou ela.“Os principais fatores — déficits fiscais crescentes nos EUA, níveis elevados de dívida, queda nas taxas de juros reais e políticas monetárias acomodatícias — permanecem inalterados”, acrescentou, afirmando que o Bitcoin agora está sendo visto como um “porto seguro digital” em vez de um ativo especulativo.“Entradas institucionais e o aumento da posse de ETFs reforçam ainda mais que o mercado vê cada vez mais o Bitcoin como uma proteção contra a desvalorização das moedas”, continuou Wu.Na semana passada, produtos de investimento em Bitcoin, incluindo fundos negociados em bolsa dos EUA, registraram seus maiores aportes líquidos da história.A recente alta do Bitcoin marcou um retorno ao seu status de ativo de proteção após períodos em que esteve correlacionado com ações de tecnologia mais voláteis. No entanto, o ativo voltou a atrair investidores preocupados com a crescente incerteza macroeconômica.* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.A maior Super Quarta da história do MB começou! Garanta o mês de outubro no positivo ou receba 100% do seu dinheiro de volta para compras de até R$ 10 mil em bitcoin. Oferta válida apenas para o dia 08/10 e com estoque limitado. Saiba mais!O post Manhã Cripto: Bitcoin recua para US$ 122 mil, mas analistas seguem otimistas apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.