Saúde no pulso: saiba como o smartwatch pode ajudar no seu autocuidado

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Os smartwatches são os principais wearables buscados pelos usuários quando o assunto é autocuidado. Grandes aliados na hora do treino, esses dispositivos incentivam a prática de atividades físicas, com modos específicos para diferentes esportes. Além disso, oferecem recursos de saúde como monitoramento de batimentos cardíacos, níveis de oxigênio no sangue e qualidade do sono. Há ainda modelos que se propõem a ajudar no acompanhamento do bem-estar emocional, como o Huawei Watch GT 6, que identifica até 12 estados emocionai; e a linha Apple Watch, que permite registrar o estado emocional no aplicativo Atenção Plena.➡️ Canal do TechTudo no WhatsApp: acompanhe as principais notícias, tutoriais e reviewsEsses dispositivos exemplificam como a tecnologia pode ser integrada à rotina para estimular mais consciência sobre saúde física e mental. Embora não substituam consultas médicas ou exames clínicos, os relógios inteligentes podem funcionar como um complemento importante no autocuidado. Com eles, o usuário consegue acompanhar hábitos, identificar padrões e até receber alertas sobre alterações fisiológicas. O TechTudo reuniu informações importantes sobre o uso desses aparelhos e como suas funcionalidades podem impactar no dia a dia dos usuários. Confira a seguir. Saiba-mais taboolaHuawei GT 6 Pro no pulsoAline Barbieri/TechTudo📝 Smartwatch com NFC: qual comprar? Tire dúvidas no Fórum do TechTudoSaúde no pulso: saiba como o smartwatch pode ajudar no seu autocuidadoNo índice abaixo, você confere todos os tópicos que serão abordados ao longo da matéria.Monitoramento das emoções;Exercícios de respiração para reduzir o estresse;Sono e qualidade de descanso;ECG e batimentos cardíacos;Oxigênio no sangue (SpO₂);Atividades físicas (passos, VO₂max, carga de treino);Temperatura da pele e ciclo menstrual;Detecção de quedas e chamadas de emergência;Quando não confiar totalmente.Monitoramento das emoçõesO Huawei Watch GT 6, smartwatch topo de linha da Huawei, reconhece até 12 estados emocionais. Por meio do sistema TruSense, o wearable categoriza as emoções em estados como Agradável, Neutro ou Desagradável, de forma que o usuário consegue identificar os níveis de estresse vividos diária, semanal e mensalmente. Essas leituras, baseadas em frequência cardíaca e variações na atividade, podem oferecer pistas importantes e ajudar a entender como determinados eventos do dia — como reuniões de trabalho ou treinos físicos — impactam seu estado emocional. Essa consciência contribui para promover mudanças na rotina e funciona como material de apoio em consultas com psicólogos ou psiquiatras. Ainda que não sejam diagnósticos, os dados funcionam como um "espelho" do corpo.Aplicativo HUAWEI Health avalia saúde emocionalReprodução/Huawei HealthNo entanto, especialistas alertam que a interpretação dessas informações deve ser feita com cautela: a tecnologia não substitui o acompanhamento profissional, mas pode incentivar uma reflexão sobre gatilhos emocionais e estimular a busca por ajuda quando necessário.Exercícios de respiração para reduzir o estresseUma excelente prática para reduzir o estresse no dia a dia é o uso de técnicas de respiração. No Apple Watch, o app Atenção Plena oferece uma gama de funcionalidades que podem ajudar nesse processo. Entre elas estão:Respirar: fornece exercícios de respiração profunda realizados ao longo de um minuto, com o objetivo de ajudar o usuário a ter mais calma, foco e concentração;Estado Emocional: permite ao usuário registrar como está se sentindo no momento;Refletir: oferece reflexões simples em cada sessão de um minuto;Meditar: fornece meditações em áudio guiadas por profissionais de mindfulness, disponíveis para assinantes do Fitness+.Imagem ilustrativa de uma jovem realizando exercícios de meditação e alongamento usando um Apple WatchKetut SubiyantoEsses recursos podem ser usados em qualquer lugar, como no transporte público ou no intervalo do trabalho. Pesquisas indicam que técnicas simples de respiração ajudam a reduzir a frequência cardíaca e a melhorar o foco. Ao receber lembretes automáticos do relógio para respirar fundo por alguns minutos, o usuário cria momentos de pausa ao longo do dia que contribuem para o equilíbrio mental.Apesar dos benefícios, vale lembrar que o smartwatch não substitui terapias estruturadas, como a meditação guiada ou o acompanhamento profissional. Ainda assim, funciona como um incentivo prático para quem busca introduzir hábitos de relaxamento na rotina.Sono e qualidade de descansoO sono é um dos pontos mais acompanhados por usuários de smartwatches. Wearables como Galaxy Watch 7 e Galaxy Watch Ultra têm um recurso chamado "análise do sono por IA", que registra a duração do sono, despertares noturnos e até estima o tempo em sono leve, profundo e REM. Isso pode ajudar a identificar padrões de descanso e reforçar a importância de dormir o suficiente.Mulher na cama com um smartwatch da Samsung no pulsoDivulgação/SamsungContudo, estudos mostram que a precisão desses relógios ainda é limitada. Eles acertam cerca de 78% das vezes ao distinguir sono de vigília, mas podem errar bastante ao calcular quanto tempo a pessoa demorou para adormecer. Pessoas com insônia, por exemplo, podem ter resultados distorcidos, já que o relógio interpreta a imobilidade como sono.Mesmo com limitações, os dados servem como um ponto de partida. Um histórico de poucas horas dormidas pode alertar para a necessidade de mudanças de rotina, como evitar telas antes de dormir ou estabelecer horários regulares. O mais importante é usar as informações como guia, sem se prender excessivamente a pontuações de sono que podem gerar ansiedade.ECG e batimentos cardíacosUma das funções que mais ganhou espaço nos últimos anos foi o eletrocardiograma (ECG) no pulso. Modelos como Apple Watch Series 10, Galaxy Watch 7 e Garmin Venu 3 estão entre os mais precisos neste quesito, já que permitem detectar irregularidades nos batimentos, incluindo sinais de fibrilação atrial, uma condição que pode aumentar o risco de AVC. Além disso, a medição contínua da frequência cardíaca ajuda a identificar alterações súbitas que merecem atenção médica.Medidor de batimento cardíaco em um smartwatchReprodução/HuaweiOutro recurso em expansão é a análise da variabilidade da frequência cardíaca (HRV). Trata-se de um marcador da saúde cardiovascular e do equilíbrio entre estresse e recuperação do corpo. Pesquisas recentes indicam que os relógios são bastante confiáveis em medições globais, embora possam ser menos precisos em variações de curto prazo.A grande vantagem é que essas funções permitem ao usuário acompanhar seu coração em tempo real e receber alertas que podem motivar a busca por atendimento médico precoce. Lembrando: não é diagnóstico, mas pode ser o primeiro sinal de que algo não vai bem.Oxigênio no sangue (SpO₂)Muitos smartwatches também medem a saturação de oxigênio (SpO₂), o que pode ser útil para pessoas com apneia do sono, doenças respiratórias ou praticantes de esportes em altitude. Segundo o artigo "Avaliação dos principais smartwatches para detecção de hipoxemia: comparação com oxímetro de referência, publicado na editora de periódicos científicos MDPI", modelos como Apple Watch 8, Galaxy Watch 5 e Withings ScanWatch apresentam boa precisão em comparação com oxímetros de dedo, especialmente em níveis normais de oxigênio.Apple Watch 6 traz Oxímetro para medir oxigênio no sangueDivulgação/AppleEntretanto, a leitura pode ser influenciada por fatores como movimento do braço, posição do relógio e até a tonalidade da pele. Além disso, a Anvisa alerta que nenhum smartwatch está autorizado no Brasil para uso médico de oximetria — a função é considerada de bem-estar, não diagnóstico.Ainda assim, os dados podem servir como alerta em situações específicas, como quedas temporárias na saturação. Para quem tem condições de saúde que exigem monitoramento contínuo, o ideal é usar equipamentos médicos aprovados.Atividades físicas (passos, VO₂max, carga de treino)No campo do condicionamento físico, os relógios inteligentes são grandes aliados. Eles registram passos, calorias queimadas, frequência cardíaca durante treinos e até estimam métricas avançadas, como VO₂max (capacidade aeróbica). Para quem busca performance, alguns modelos oferecem análise da carga de treino e recomendam tempo de recuperação.Medição do preparo cardiovascular por meio do Apple WatchDivulgação/AppleEsse acompanhamento ajuda tanto iniciantes quanto atletas a manterem uma rotina mais organizada. Saber quantos passos você deu ou quanto esforço fez na corrida pode servir como motivação para se manter ativo. A integração com aplicativos de treino também facilita o acompanhamento da evolução ao longo do tempo.Apesar disso, é importante usar os números como referências, e não como verdades absolutas. Cada corpo reage de forma diferente, e apenas um profissional de educação física ou médico pode indicar treinos ou restrições específicas.Temperatura da pele e ciclo menstrualAlguns smartwatches já medem a temperatura da pele durante a noite, recurso que pode indicar alterações hormonais, início de febre ou mudanças no ciclo menstrual. O Apple Watch Series 9, por exemplo, utiliza essa função para auxiliar no acompanhamento da saúde reprodutiva, ajudando a prever períodos férteis.Essas informações podem apoiar quem deseja entender melhor seu corpo e organizar rotinas de autocuidado. No entanto, elas não devem ser usadas isoladamente para decisões clínicas, como diagnóstico de febre ou planejamento contraceptivo. A função mostra o potencial desses dispositivos em expandir cada vez mais o leque de dados pessoais de saúde, mas sempre com a ressalva de que eles são complementares.Monitoramento do ciclo menstrual no Garmin Forerunner 245Divulgação/GarminDetecção de quedas e chamadas de emergênciaOutro recurso de impacto direto no bem-estar é a detecção de quedas. Modelos como o Apple Watch e o Galaxy Watch identificam movimentos bruscos e, se o usuário não responder, acionam automaticamente contatos de emergência ou serviços de resgate. Esse tipo de tecnologia tem sido especialmente útil para idosos e pessoas com condições que aumentam o risco de acidentes. Apple Watch oferece recurso de detecção de quedas desde o Apple Watch Series 4Reprodução/9to5MacAlém disso, muitos dispositivos permitem configurar chamadas de emergência com apenas um botão, garantindo resposta rápida em situações críticas. Essas funções reforçam como o smartwatch pode ser um parceiro de segurança, trazendo tranquilidade não apenas para quem usa, mas também para familiares.Quando não confiar totalmente nos smartwatches?Apesar de todos os avanços, é essencial entender os limites dos smartwatches. A medição de glicose, por exemplo, ainda não tem validação oficial: nem a FDA, nos Estados Unidos, nem da Anvisa, no Brasil, aprovaram dispositivos que prometem verificar glicemia sem agulhas. Apostar nesses recursos pode trazer riscos sérios para pessoas com diabetes, como erros na aplicação de insulina.Imagem ilustrativa de um paciente recebendo o feedback do médicocottonbro studioDa mesma forma, dados de sono e estresse devem ser vistos como tendências, não diagnósticos. Exagerar no monitoramento pode até causar ansiedade e prejudicar a saúde mental. O ideal é encarar as informações como um complemento e, em caso de dúvida, sempre procurar orientação médica.Assim, os smartwatches cumprem bem seu papel: dar mais consciência ao usuário sobre seus hábitos, motivar a adoção de rotinas saudáveis e oferecer alertas úteis — sempre em parceria, e não em substituição, ao acompanhamento profissional.Com informações de Anvisa, Apple, Cleveland Clinic Journal of Medicine, Huawei, MDPI, National Library of Medicine, Sage Journals, SDB, Samsung, Springer Nature Link, The Conversation e U.S. Food & Drug 🎥 Fomos até Paris conhecer a nova linha Huawei Watch GT 6!Fomos até Paris conhecer a nova linha Huawei Watch GT 6!