As tecnologias avançam, os processos afinam-se, as formações multiplicam-se. Mas algo essencial continua a escapar: as competências humanas que distinguem líderes capazes de inspirar equipas e enfrentar incertezas. O Coaching Executivo ocupa esse espaço quase invisível, mas decisivo. Não é luxo. É o cimento que consolida culturas, acelera power skills e transforma resultados e pessoas de forma duradoura. Quando estas competências encontram terreno fértil, a mudança individual reverbera em toda a organização. Cultura: o terreno onde tudo se joga Nenhum líder cresce sozinho. O impacto de um processo de Coaching dilui-se se regressar a uma cultura de silos ou microgestão. Um líder que se reinventa pode tornar-se, paradoxalmente, um “exilado interno” – alguém que deseja mudar, mas esbarra contra muros invisíveis. O relatório Defining New Coaching Cultures (ICF/HCI, 2023) comprova que empresas com culturas de Coaching registam mais inovação, colaboração e engagement. O estudo The art of 21st-century leadership: From succession planning to building a leadership factory (McKinsey, 2024) acrescenta:Organizações que cultivam líderes capazes de aprender, desaprender e reaprender são 4,2 vezes mais propensas a alcançar resiliência sustentável.E sublinha seis atributos críticos: resiliência, humildade, liderança servidora, leveza, stewardship e aprendizagem contínua. Competências que não se adquirem em MBAs, mas em contextos de reflexão, feedback e Coaching estruturado. Power Skills: as competências que diferenciam Se as hard skills rapidamente se tornam obsoletas, as power skills – visão estratégica, resiliência, comunicação com impacto, influência sem autoridade – permanecem. Estudos mostram que executivos submetidos a programas de Coaching reportam ganhos consistentes de 50–70% na eficácia da liderança (Wifitalents, 2025). ROI invisível: impacto que se sente e se mede O mercado global de Coaching executivo foi avaliado em US$ 2,85 bilhões em 2023, crescendo 6% ao ano até 2028. Organizações relatam melhorias claras: 70% dos clientes aumentam a performance, 86% confirmam impacto nos objetivos, o engagement sobe 20% e a rotatividade cai 23%. O ROI médio?: 7 vezes o investimento inicial. Casos como o da Intel são ilustrativos: cerca de US$ 1 bi/ano em margem operacional atribuída ao Coaching (ICF/HCI, 2023). O Coaching executivo não é luxo. É estratégia de negócio. Constrói culturas fortes, acelera competências críticas e gera retorno invisível que sustenta resultados tangíveis. A questão já não é se investir é possível, mas sim quanto a sua organização pode ganhar ao colocar líderes e cultura no centro do desenvolvimento. Este artigo foi publicado na edição nº 31 da revista Líder, cujo tema é ‘Decidir’. Subscreva a Revista Líder aqui.O conteúdo Coaching executivo: o ROI (in)visível que transforma aparece primeiro em Revista Líder.