StartupiInHire quer bater R$ 60 milhões em receita em 2026A InHire tem planos ambiciosos para 2026: alcançar R$ 60 milhões de receita. Para chegar lá, a HRtech vai contratar 36 novos profissionais até o final de 2025 nas áreas de vendas, engenharia, produto e sucesso do cliente. A aposta é em dados, inteligência artificial e cultura centrada no cliente — e principalmente na experiência do candidato — para transformar o mercado de atração e seleção.A empresa recebeu sua terceira rodada de investimento em agosto, das gestoras DGF e Bridge One com a Endeavor Scale-Up Ventures. Em 2024, a HRtech cresceu 300%, registrando retorno sobre aquisição de clientes (LTV/CAC) de quase oito vezes. Para este ano, projeta duplicar o faturamento. A operação tem margem bruta de 70% e churn abaixo de 1%.“Não somos transatlântico, nem canoa: temos porte e recursos para inovar rápido”, afirma Paula Morais, COO e cofundadora da InHire.Candidatura em menos de um minutoA estratégia da InHire passa por processos simplificados: candidaturas podem ser feitas em menos de um minuto, inclusive pelo WhatsApp, que aceita respostas em áudio ou texto, enriquecendo informações além do currículo.“Investimos em tirar fricção para o candidato, mesmo que isso aumente nosso custo. Para nós, a experiência do candidato não é detalhe, é pilar”, afirma Augusto Frazão, CEO e cofundador da empresa.Diferentemente de soluções que tentam cobrir todo o RH, o foco da HRtech é único: time de recrutamento, nas fases de atração, seleção e contratação. Seu algoritmo de inteligência artificial é especializado, o que aumenta a precisão e a relevância. Toda a triagem é feita com base em critérios definidos pelo próprio recrutador, garantindo transparência e controle humano no processo.A InHire foi criada como spin-off da Intera, que começou conectando educação e recrutamento, mas logo pivotou para o recrutamento online no mercado digital, com forte uso de dados. Apesar do sucesso, o modelo mostrava limitações de escala por depender de serviços intensivos. Dessa vivência surgiu a InHire: feita para resolver em larga escala as dores que os fundadores já conheciam de perto ao liderar centenas de processos de contratação.A maior parte dos times — de implementação, tecnologia, produto, vendas, CS e até cibersegurança — é formada por ex-recrutadores, o que garante empatia genuína com os clientes. Até o time de suporte técnico.“Quando chega um chamado de um recrutador do nosso cliente para conversar com o nosso time de suporte, existe uma empatia diferente porque ele já viveu aquela dor”, afirma Paula.“As soluções do mercado eram engessadas demais. Nós quisemos criar algo flexível, que se adapta ao cliente e não o contrário”, explica a COO. Essa vivência resultou em um software parametrizável que oferece desde cálculo de SLA por posição até automações inteligentes, simplificando a rotina de RHs que antes precisavam recorrer a planilhas e sistemas limitados.Hoje, a InHire tem mais de 650 clientes, entre médias e grandes empresas. Entre eles estão Cielo, Magalu e a healthtech Alice.Para Augusto, a inteligência artificial aplicada ao recrutamento jamais pode substituir o recrutador. “Na verdade, ela atua como copiloto. A IA está aqui para apoiar, não para decidir. Ela ajuda a ganhar tempo e dar insumos para que o humano faça a melhor escolha”, destaca o CEO.A tecnologia apoia na triagem de currículos, na transcrição e resumo de entrevistas e na busca inteligente de candidatos via chatbot. Os ganhos de produtividade são significativos: redução de até 40% do tempo gasto em etapas operacionais, permitindo que os profissionais de RH foquem em tarefas mais estratégicas. O resultado é diminuir pela metade o tempo para preencher uma vaga.Sob a liderança de Juliano Tebinka, Chief Data Officer, a InHire estruturou um time de dados dividido em importação, integração e análise. O objetivo é centralizar informações que antes estavam dispersas, oferecendo dashboards personalizados e educativos que ajudam empresas a identificar gargalos e melhorar seus processos de seleção.Os painéis mostram tempo médio e SLA de contratações, qualidade dos candidatos por fonte, taxa de conversão por etapa, tempo de resposta do candidato, entre outras informações para identificar gargalos e aprimorar processos.InHire aplica cultura remota há cinco anosTotalmente remota há cinco anos, a empresa prova que é possível escalar com uma equipe distribuída, mantendo produtividade e cultura forte. Paula defende uma visão de empreendedorismo autêntico e com propósito: mais do que métricas financeiras, a missão da InHire é ajudar pessoas a se empregarem e impulsionar o crescimento de empresas.“O que nos move não é só o faturamento. É ver pessoas conquistando empregos e empresas crescendo com a nossa tecnologia”, diz.Aproveite e junte-se ao nosso canal no WhatsApp para receber conteúdos exclusivos em primeira mão. Clique aqui para participar. Startupi | Jornalismo para quem lidera inovação!O post InHire quer bater R$ 60 milhões em receita em 2026 aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Cecília Ferraz