IAG: a inteligência artificial que pode mudar tudo – ou nada

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O segredo do sucesso para qualquer empresa de capital de risco é entender que, em um grupo de empresas de diversos setores, apenas uma ou duas realmente gerarão lucro. São exatamente essas que compensam o valor “perdido” nas demais.Segundo o The Wall Street Journal, investir em startups de IA segue a mesma lógica. A diferença é que, nesse caso, o investimento vai basicamente para empresas que afirmam ter o caminho para a Inteligência Artificial Geral (IAG), aquela capaz de igualar ou superar o pensamento humano.Corrida pela inteligência artificial geral pode provocar mudanças profundas na forma com que trabalhamos, produzimos e tomamos decisões. Imagem: Collagery/ShutterstockExpectativa de lucros e mudança social com a inteligência artificial geralA IAG não se limita a um simples chatbot. Ela promete funcionar como o cérebro humano, pensando de forma autônoma e aprendendo com erros e acertos.Se essas startups conseguirem criar um sistema funcional, isso pode provocar mudanças profundas na forma como trabalhamos, produzimos e tomamos decisões.A IAG pode fornecer:Ganhos massivos de produtividade, automatizando tarefas complexas e criativas.Mudanças econômicas e sociais amplas, comparáveis a uma revolução industrial.Lucros significativos em escala, caso as empresas consigam controlar e explorar essa tecnologia antes da intervenção de governos.Por isso, empresas de IA investem trilhões de dólares em data centers, ampliando o poder de computação necessário para essas aplicações, explica James Mackintosh, colunista sênior de Mercados do The Wall Street Journal.Para suportar aplicações cada vez mais complexas, as empresas de IA investem trilhões de dólares em novos data centers com chips avançados. Imagem: Aerovista Luchtfotografie/ShutterstockInvestir em IA pode ser mais arriscado do que pareceMackintosh lembra que investidores comuns só podem participar desse mercado de forma indireta, por meio de fundos de investimento ou comprando ações de grandes empresas de tecnologia. Mas os riscos são altos: a IAG pode nunca se tornar realidade, mesmo com décadas de promessas.Há boas razões para acreditar que simplesmente adicionar mais poder computacional aos modelos atuais não resolverá o problema.James Mackintosh, colunista sênior de Mercados, em artigo no WSJ.Outro desafio é o tempo. O avanço para a IAG pode levar anos, e a tecnologia usada hoje logo ficará obsoleta. Enquanto isso, as empresas precisam gerar receita com chatbots e outros serviços digitais.Leia mais:Atenção, EUA! A China entrou no jogo da superinteligência artificialInteligência artificial pode superar humanos até 2028, dizem especialistasDo virtual para o real: como simulações podem revolucionar a inteligência artificialAlém disso, criar e manter modelos de IA é extremamente caro. A OpenAI, por exemplo, já vale US$ 500 bilhões (R$ 2,67 trilhões), número comparável ao auge da bolha da internet nos anos 2000. Esse valor, porém, depende da crença de que a IA realmente mudará o mundo, algo que, por enquanto, ainda é uma promessa.A concorrência só aumenta, com modelos como o da DeepSeek e o SpikingBrain, que prometem sistemas potentes usando chips mais baratos. Imagem: Mojahid Mottakin/ShutterstockNinguém sabe quem será o líderMesmo com a expectativa de um vencedor “que leva tudo”, o mercado pode ficar saturado, com várias empresas oferecendo serviços semelhantes e margens de lucro reduzidas.A concorrência só aumenta com modelos como o da DeepSeek e o SpikingBrain, que prometem sistemas potentes usando chips mais baratos. Isso pode acelerar o caminho rumo à AGI, mas também ameaça gigantes como a Nvidia, que domina o mercado de chips caros, e empresas que investiram bilhões em data centers equipados com esses chips.Para Mackintosh, quem busca lucros rápidos pode estar, na verdade, financiando uma bolha prestes a estourar.O post IAG: a inteligência artificial que pode mudar tudo – ou nada apareceu primeiro em Olhar Digital.