Polícia apreende urnas usadas para extorquir moradores da Muzema (RJ)

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Durante uma operação conjunta das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (10), agentes encontraram uma urna na comunidade da Muzema, no Itanhangá, na Zona Sudoeste da capital Fluminense. Em coletiva de imprensa, o secretário de Polícia Civil Felipe Curi explicou que a urna era usada para que traficantes evitassem a prisão.“As pessoas extorquidas pelo tráfico de drogas tinham que colocar o dinheiro que a facção criminosa cobrava, o que mostra que os bandidos mudaram a forma de cobrança e passaram a não se expor”, afirmou.Quinze comunidades do estado foram alvos da operação para conter o avanço do CV (Comando Vermelho), nesta sexta (10). A região de Jacarepaguá, na Zona Sudoeste, foi um dos principais pontos. As comunidades localizadas nessa área eram historicamente comandadas por milicianos, mas isso tem mudado com a expansão territorial do Comando Vermelho. Leia Mais Sete suspeitos são mortos em operação contra o Comando Vermelho no Rio Em dois dias, ofensiva contra o CV termina com 10 mortos e 19 presos no Rio Quem é a mulher que envenenou feijoada e pode ter assassinado até 4 pessoas  “Não há qualquer diferença entre tráfico e milícia. Eles praticam os mesmos crimes. Para eles (criminosos) não ficarem mais expostos, eles se utilizaram da urna, deixando no local e as pessoas vão lá e colocam o dinheiro. Eles ficam teoricamente mais seguros, mas o trabalho de investigação identificou essa urna”, afirma Felipe Curi.Sete suspeitos foram mortos em confrontos durante a operação integrada. Seis mortes aconteceram em uma ação do 41º BPM (Irajá) no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, na Zona Norte do Rio. Os suspeitos teriam sido atingidos em confronto com agentes, segundo a PM. Eles chegaram a ser socorridos, mas não resistiram.“As operações foram cirúrgicas e os resultados são esses que a gente tá vendo”, afirmou Victor dos Santos, secretário de estado de Segurança Pública.Ao todo, 19 pessoas foram presas nesta sexta. Dez fuzis foram apreendidos, além de oito pistolas, duas granadas e 11 toneladas de barricadas foram removidas.Operação começou na quinta-feira (9)Na quinta-feira (9), outra ação da Operação Contenção foi realizada na comunidade do Chacrinha, na Praça Seca, na Zona Sudoeste do Rio. Na ocasião, o homem apontado como o chefe do tráfico de drogas da Gardênia Azul, em Jacarepaguá, foi morto.Ygor Freitas de Andrade, conhecido como Matuê, também é apontado como suspeito de atirar e matar o agente da Core, a tropa de elite da Polícia Civil do Rio, José Antônio Lourenço, em maio deste ano.Ele também teria participado de um confronto em agosto que deixou seis mortos. Contra Matuê havia três mandados de prisão em aberto.Outros dois suspeitos, que seriam seguranças do traficante, também morreram em confronto com os policiais.