A validade da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid ganhou um novo capítulo após manifestação de sua própria defesa, que reconheceu a ausência de coação durante o processo. Em entrevista ao CNN Prime Time, Maíra Fernandes, professora da FGV Direito Rio, detalha o impacto dessa posição nos argumentos apresentados pelos advogados dos demais réus.De acordo com a especialista, embora as defesas dos outros acusados questionem fortemente a colaboração, alegando que teria sido realizada sob coação, o argumento perde substância quando a própria defesa de Cid afirma o contrário. Segundo a defesa de Cid, não é possível dizer que o tenente-coronel foi coagido, apesar da discordância com o relatório da polícia e com o indiciamento. Leia Mais: Waack: STF acelera condenação e Centrão calcula a anistia Minuta de golpe jamais foi discutida, diz defesa de Anderson Torres Vimos uma tentativa de minimizar a participação dos réus, diz especialista Maíra explica que a voluntariedade é um requisito essencial para a validade de uma colaboração premiada. Se comprovada a coação, toda a delação poderia ser invalidada. No entanto, o fato do próprio colaborador, através de sua defesa, sustentar a legitimidade do processo enfraquece significativamente as alegações contrárias.A sustentação da validade da delação do início ao fim pela defesa de Cid, portanto, representa um obstáculo significativo para as estratégias dos demais réus que tentam questionar a legitimidade do processo. Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique aqui para saber mais.