Zé Trovão é condenado a pagar R$ 50 mil ao admitir que bateu na mulher

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A Justiça de Santa Catarina condenou o deputado Zé Trovão (PL-SC) a pagar R$ 50 mil em indenização, por danos morais, à ex-mulher, Jéssica da Costa Veiga. O Judiciário citou entrevista concedida a Neila Guimarães, no Metrópoles, na qual o parlamentar admitiu ter agredido a então esposa com um tapa durante uma briga do casal.Na ação julgada pelo 1º Juizado Especial Cível de Joinville, Jéssica Veiga também acusava Zé Trovão de usar sua influência política para tirá-la do cargo de presidente do PL Mulher na cidade.3 imagensFechar modal.1 de 3Jéssica Veiga processou Zé Trovão por danos moraisArte / Metrópoles2 de 3Jéssica Veiga com Michelle BolsonaroReprodução / Redes sociais3 de 3Zé Trovão foi condenado a pagar R$ 50 mil em indenização à ex-esposaHugo Barreto/Metrópoles“O ponto central de sua postulação reside em uma entrevista concedida pelo réu a um portal de notícias de circulação nacional, na qual ele teria confessado publicamente tê-la agredido fisicamente, declarando ter revidado uma suposta agressão prévia ‘com um tapa na cara’”, diz a decisão da juíza Karen Francis Schubert.“Ademais, alega que o réu propagou informações falsas a seu respeito, com o intuito de macular sua reputação, imputando-lhe problemas com álcool. Relata, ainda, que o réu, valendo-se de sua influência política, pressionou a liderança de seu partido para que ela fosse destituída do cargo de presidente do PL Mulher no município de Joinville/SC, utilizando como pretexto a existência de uma medida protetiva de urgência que a própria autora obteve contra ele”, relata a magistrada. Leia também Paulo Cappelli Damares após denúncia sobre Moraes: “Magistrado tinha que ser preso” Paulo Cappelli Bolsonaro coordenou e determinou atos para tentativa de golpe, diz PGR Paulo Cappelli Mulher que hostilizou Dino em voo é servidora pública Paulo Cappelli Flávio Bolsonaro diz que levará a Trump novas denúncias contra Moraes Em contato com a coluna, a assessoria de Zé Trovão alegou que a sentença teria “caráter político”, uma vez que a ação foi apresentada apenas após a saída de Jéssica Veiga do comando do PL Mulher em Joinville, “em nítida investida de opositores políticos contra o deputado”. (Leia a íntegra da nota ao final da reportagem).Motivação políticaEm sua decisão, a juíza Karen Schubert rejeitou o argumento de motivação política, apontando uma “tentativa de desmoralizar a vítima”. “Mostra-se evidente que o réu utiliza a defesa de perseguição política para se esquivar da responsabilidade por seus atos”, diz o documento.“Qualquer tentativa de responsabilização é defendida com a alegação de que a punição é fruto de retaliação por suas polêmicas declarações políticas […]. Tal tipo de alegação de perseguição política é impossível de ser combatida, pois visa trazer uma dúvida sobre tudo que for alegado pela autora, desmoralizando a vítima com o claro objetivo de deixar o público em dúvida sobre as intenções desta”, afirma a juíza.Leia abaixo a íntegra da nota de Zé Trovão:“Essa decisão tem caráter meramente político, já que o processo foi instaurado somente após e em virtude do afastamento dela da presidência do PL Mulher de Joinville, em nítida investida de opositores políticos contra o deputado, como já aconteceu anteriormente e resolvido pela Justiça de forma coerente e justa.A decisão é desproporcional e irrazoável, não condiz com as argumentações e as provas produzidas ao longo do processo.A saída do partido ocorreu em razão de medidas jurídicas que impediam o deputado e sua esposa de permanecerem no mesmo espaço.A decisão ainda cabe recurso, estamos confiantes na resolução do caso e confiamos na Justiça catarinense para corrigir as incongruências que são pontuais.”